A Síndrome de Burnout foi reconhecida como doença ocupacional e integrou a Classificação Internacional de Doenças. Veja dicas para lidar com o estresse
Douglas Terenciano | douglas@jcconcursos.com.br
Publicado em 22/02/2022, às 13h53 - Atualizado às 14h19
A Síndrome de Burnout, popularmente conhecida como síndrome do esgotamento profissional, foi reconhecida como doença ocupacional e passou a integrar a Classificação Internacional de Doenças, o CID. A efermidade é um distúrbio emocional cujos sintomas são exaustão extrema, estresse e esgotamento físico. Normalmente é resultado de uma rotina de trabalho extenuante, cujo estresse não consegue ser gerenciado com sucesso.
Segundo pesquisa realizada pela International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR), em 2018, 32% da população nacional apresenta o distúrbio. Ou seja, devido à sua dimensão, trata-se de um problema que não pode ser ignorado.
Inspirada no livro “Sem Esforço, do autor best-seller e palestrante especialista em produtividade, Greg McKeown, a consultora organizacional, coach executiva e professora de MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Caroline Marcon, sugere aos profissionais algumas dicas práticas para lidar com as atribuições do trabalho de maneira que o estresse não se torne algo insustentável. Nesse sentido, além de saber priorizar as tarefas, o profissional deve procurar estruturar o trabalho de forma mais simples e satisfatória.
De acordo com Caroline, o intuito com as sugestões é que o trabalho seja sentido pelo profissional como uma atividade que flui naturalmente, energizada por significado e prazer. Para isso, é preciso inicialmente alcançar o estado de espírito sem esforço, para depois realizar as atividades sem esforço e colher os resultados sem esforço. “O estado sem esforço é o estado da clareza de objetivo, em que você está presente e atento ao que é importante, mas ao mesmo tempo sente-se descansado e energizado. Ele acontece na intersecção entre a ação essencial e o sentimento de satisfação”, explica.
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Para alcançar este estado, segundo a consultora organizacional, o profissional necessita primeiramente abandonar a crença de que o trabalho importante e produtivo só é alcançado por meio de sangue, suor e lágrimas. Assim, ele deve olhar para o seu eu essencial e questionar-se não é possível desempenhar sua função com mais simplicidade.
“O que é importante não precisa ser feito de forma sisuda e pesada”, diz Caroline, exortando os profissionais a se divertirem enquanto trabalham, incluindo o prazer no dia a dia, por meio de momentos de pausa intercalados na rotina de trabalho. Conforme a coach executiva, contribuí também para a construção do estado sem esforço evitar reclamações, pois elas fazem com que a pessoa foque no negativo tornando um atividade que pode ser prazeirosa em fardo. “Desse modo, para cada reclamação diga algo bom e corte a negatividade”, recomenda.
Depois de o profissional atingir o estado sem esforço, ele deve partir para realizar as ações sem esforço. Uma boa dica, de acordo com a consultora organizacional, é começar a rotina, fazendo uma lista do que deve ser feito naquele dia de trabalho, concentrando-se no que contribui para avançar naquilo que é essencial para atingir seus objetivos. Se o intuito é retirar a pressão de seus ombros, não adianta ser perfeccionista nessa atividade. “Comece com um rascunho e vá melhorando paulatinamente”, diz. Segundo Caroline, é igualmente importante estabelecer um ritmo diário no trabalho. “Seja produtivo e constante, sem se 'matar' “, sugere.
Seguindo à risca as dicas já mencionadas, será muito difícil que os resultados não apareçam. Segundo a coach executiva, ao focar nos objetivos claramente, ao parar de acreditar que o trabalho precisa ser difícil e exaustivo, ao blindar-se da negatividade, ao planejar sua rotina e dar pequenos passos de maneira consistente no dia, aumentam sensivelmente as chances de que o trabalho se torne fonte de prazer e não de estresse desmedido que acarreta Síndrome de Burnout.
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