Econômico não... Economista!
Gostar de matemática, estatística e estar sempre atualizado são requisitos fundamentais para exercer a profissão. O curso é oferecido por universidades públicas e particulares
Estar preparado para acompanhar a concorrência entre as empresas e a velocidade das mudanças que são provocadas pelos processos de inovação tecnológica são características essenciais de um profissional da área de Economia. Atuando em diversos setores da sociedade, sua presença tornou-se fundamental na tomada de decisões, no planejamento, na gestão financeira e na formação de preços e custos, sempre com o objetivo de maximizar resultados ao menor custo possível.
Para exercer a profissão, é preciso gostar de matérias nas áreas de Exatas e Humanas, como explica o coordenador do curso de Ciências Econômicas da Universidade São Judas Tadeu (USJT), João Miguel Caparroz: “o profissional desta área tem que gostar muito de matemática e estatística (métodos quantitativos). Gostar de ler e saber escrever para elaboração de relatórios e estar sempre atualizado, por intermédio de jornais e revistas, sobre os acontecimentos mundiais”, diz.
Curso
O curso de Ciências Econômicas tem duração de quatro anos e exige que o aluno cumpra estágio supervisionado, 240 horas de atividades complementares e elabore uma monografia.
De acordo com Caparroz, o curso reveste-se de características amplas e particularizadas, uma vez que o profissional poderá atuar indiferentemente em um ambiente onde o grupo social faça parte do “macro” ou do “micro”. “Face à economia globalizada, a ‘performance’ do economista tornou-se dependente de metodologia mais específica e mais abrangente, exigindo dele o conhecimento simultâneo das matemáticas, o domínio dos modelos econométricos, da estatística, da ciência da computação como instrumental indispensável e o conhecimento fundamental da teoria econômica, da história e das ciências sociais que constituem a sua verdadeira condição de cientista social”, explica.
Desta forma, “o curso proporciona ao aluno o domínio e as exigências das estruturas de mercado, formação de preços, flutuações inflacionárias, mercado financeiro, o conhecimento das finanças públicas, do desenvolvimento social, do crescimento econômico, da economia internacional, dos efeitos do impacto tecnológico, conseqüências da globalização, problemas da distribuição de renda, distorções sociais da concentração inadequada da riqueza, assessoria, consultoria e perícias econômico-financeiras, ministradas em quaisquer dos aspectos da profissão e também uma possibilidade de atuar com empreendedor gerindo a sua própria empresa”, acrescenta o coordenador.
Caparroz explica que o aluno formado em Economia é o único que consegue ter uma visão geral do mundo. “O estudo da Ciência Econômica permite conhecer os mecanismos que levam a uma análise perfeita do funcionamento dos diversos tipos de Economias e como estão estruturados os sistemas econômicos”, salienta.
Mercado de trabalho
O coordenador diz que só vê pontos positivos para economistas que ingressam no mercado de trabalho, pois diversas áreas estão em ascensão, como: mediação, arbitragem, auditoria e principalmente em questões de meio ambiente. “Para o bom profissional não existem dificuldades”, acrescenta.
A dica dele é iniciar a carreira como estagiário e atualizar-se lendo revistas específicas, artigos relativos a questões econômicas e participar de palestras e eventos sobre Economia.
O profissional poderá atuar em empresas (micro, pequenas e grandes), nos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, em agências reguladoras, instituições estatais, entidades de classes, organizações não-governamentais, meios de comunicação, institutos de pesquisas, entre outros.
Informações
Os interessados em obter mais informações sobre a área podem acessar os seguintes sites:www.cofecon.org.br,www.coreconsp.org.br,
www.sindecon-esp.org.br e www.oeb.org.br.
Juliana Pronunciati/SP
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