12. Atenção: A questão de número 12 refere-se ao texto seguinte.
O que seria a morte? Tive o prazer de entrevistar o cineasta português Manoelde Oliveira, com seus 102 anos de idade. Eis um trecho da entrevista,quando indagado a respeito da morte: “Sabe, há aquela narrativa do Tolstói, em que um nobre estámoribundo. E pergunta a si próprio: que coisa é a morte? Relanceia osolhos pelo quarto e vê a porta. E pensa: ah, a morte é uma porta. Estaideia me ficou marcada. Do lado, digamos, materialista, não existe amínima dúvida: a porta dá para o cemitério. Mas, do lado espiritual, hásempre a questão: para onde dá a porta? Existe um Além ou não? Um poeta português fala que o espírito é como o ar que serespira. Quando exalamos o último suspiro, o espírito se solta. Enquantoele está no indivíduo, contém todo o mal e todo o bem da condiçãohumana. Mas, quando se liberta, vai limpo e puro, funde-se com ouniverso, com o Absoluto, que é Deus. Quando fui para o Colégio dos Jesuítas, começaram a meensinar sobre a alma. Que quando morremos a alma vai para o Céu, oupara o Purgatório, ou para o Inferno. Vai pra cá, vai pra lá... Assim tipobolinha de gude. Era muito jovem e pensei, atônito: caramba, o mundo éuma fábrica de almas! Mas depois descobri esta imagem muito bonita, de uma mitologiaindígena sobre os rios, que têm um destino, marcado pelo seupróprio curso. Cada rio é um rio único, individualizado. Porém, quandodeságua no mar, deixa de ser o rio tal ou tal: a sua água se mistura aoAbsoluto. Mas o rio perdeu a sua individualidade. E depois vem o calor,a evaporação, a chuva. A chuva renova as fontes, e o rio continua.” Despedindo-me dele, lembrei-me de uma frase de Epicuro:“Não tenho medo nenhum da morte. Pois onde ela está, nãoestou. E onde eu estou, ela não está.” (Adaptado de Paulo Nogueira, revista Piauí, n. 57. junho/2011)
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher adequadamente a lacuna da seguinte frase:
Resposta: