Agências da Caixa Econômica Federal abrirão mais cedo nesta sexta-feira (21) por conta do evento chamado "Dia do Desenrola". Saiba todos os detalhes
Jean Albuquerque Publicado em 20/07/2023, às 16h42
A Caixa Econômica Federal anunciou que na sexta-feira (21/7), irá abrir todas as suas agências uma hora mais cedo, em um evento chamado "Dia do Desenrola". O objetivo é ampliar as renegociações de dívidas por meio do programa Desenrola Brasil, lançado pelo governo federal.
A procura por renegociação de dívidas nos canais de comunicação da Caixa foi duas vezes maior do que o esperado em apenas dois dias de atendimento. A medida do banco público é tomada no sentido de dar agilidade aos endividados.
A presidente da Caixa, Maria Rita Serrano, que está enfrentando um período de instabilidade no cargo, afirma que a instituição já conseguiu retirar dos cadastros externos de restrição de crédito a dívida de até R$ 100 de 225 mil clientes.
Segundo Serrano, o "Dia do Desenrola" será uma mobilização dos empregados do banco para atender à população de forma mais direcionada, incluindo a presença de dirigentes do banco em unidades por todo o país.
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Os bancos participantes do programa Desenrola se comprometeram a "limpar o nome" dos clientes que possuíam dívidas de até R$ 100 até o dia 31 de dezembro de 2022, desde que o débito ainda esteja em aberto. Por sua vez, o Ministério da Fazenda promete acelerar o processo de reconhecimento de créditos tributários dos bancos.
Em resumo, a cada R$ 1 em dívida renegociada, os bancos terão R$ 1 a mais para conceder em novos empréstimos, graças à antecipação do crédito tributário que seria pago ao longo do ano.
O Desenrola Brasil é uma iniciativa governamental que visa à renegociação de dívidas de pessoas físicas com renda de até R$ 20 mil. Foi criado por meio da Medida Provisória nº 1.176/2023, em parceria com instituições financeiras.
Uma portaria publicada em 14 de julho estabeleceu as regras para diferentes grupos que serão beneficiados pelo programa. Na primeira etapa, serão renegociadas as dívidas bancárias. Posteriormente, na segunda fase, serão contempladas as dívidas de consumo, como contas de luz, água e débitos com estabelecimentos comerciais.
No primeiro dia de negociações no âmbito do programa, houve uma adesão significativa por parte das instituições financeiras, que demonstraram interesse nos benefícios tributários concedidos pelo governo.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo disponibilizou R$ 50 bilhões em créditos presumidos para os bancos como parte deste programa. Na primeira fase do programa, que se iniciou ontem, apenas as dívidas bancárias serão renegociadas. A faixa 2 está direcionada para pessoas que possuem renda de até R$ 20 mil mensais.
Em uma segunda fase, prevista para setembro, aqueles com renda de até dois salários mínimos (R$ 2.640) por mês (agrupados na faixa 1) também poderão renegociar suas dívidas com varejistas e fornecedores de serviços, como água e luz, além das dívidas bancárias.
O governo disponibilizará R$ 7,5 bilhões através do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para cobrir possíveis inadimplências. Segundo Haddad, isso viabilizará a renegociação de um montante de dívidas de até R$ 30 bilhões, quatro vezes maior que o valor disponibilizado. O programa terá vigência até 30 de dezembro de 2023.
De acordo com Haddad, a estimativa é de que 2,5 milhões de brasileiros sejam beneficiados com a limpeza de seus nomes devido a dívidas de até R$ 100, já que o Nubank decidiu participar do programa.
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