Capital gaúcha também viu um ligeiro crescimento de casos na população com mais de 65 anos. Estados devem continuar a coleta e envio de amostras para manter a capacidade de vigilância
Pedro Miranda Publicado em 17/08/2023, às 19h15
O Boletim InfoGripe mais atual, referente à Semana Epidemiológica de 6 a 12 de agosto, destaca o crescimento de ocorrências semanais e internações associadas ao rinovírus em crianças com idades entre 2 e 4 anos, bem como de 5 a 14 anos, nos estados do Espírito Santo, Bahia, Paraná e São Paulo. Além disso, a capital do Rio Grande do Norte, Natal, também está registrando esse aumento.
Embora não haja indícios de que isso esteja associado a uma retomada da covid-19 nessas faixas etárias, o coordenador do InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marcelo Gomes, destaca o ligeiro aumento do rinovírus e o aumento correspondente de internações nesses grupos.
Conforme o boletim divulgado nesta quinta-feira (17) pela Fiocruz, mesmo com a estabilidade no cenário das Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) de modo geral, foi detectado um incremento nos casos de rinovírus. Essa análise é baseada em dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 14 deste mês.
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Marcelo Gomes ressaltou haver um sinal de aumento de casos relacionados ao rinovírus em crianças menores de 2 anos em Roraima, bem como nas capitais Boa Vista e Porto Alegre. Ele enfatizou a importância de os estados continuarem a coleta e envio de amostras para manter a capacidade de vigilância genômica do Sars-CoV-2 (covid-19) em todo o país.
O boletim apontou que, embora o Acre mantenha um volume expressivo de novos casos semanais de SRAG, o aumento foi interrompido. No Rio de Janeiro, não há indicação de aumento tanto no estado quanto na capital, havendo apenas pequenas flutuações. Quatro capitais, Belém (PA), Boa Vista (RR), Natal (RN) e Porto Alegre (RS), registraram aumento de casos. A capital gaúcha também viu um ligeiro crescimento na população com mais de 65 anos.
Em relação à prevalência de vírus respiratórios, nas últimas quatro semanas epidemiológicas, o boletim apontou que o vírus sincicial respiratório foi o mais prevalente, com 25,2%, seguido pelo Sars-CoV-2/Covid-19 (22,3%), influenza A (5%) e influenza B (2,5%).
O rinovírus é um tipo de vírus muito pequeno que pode causar infecções no nariz, garganta e vias respiratórias, em geral. Ele faz parte do grupo dos vírus que causam resfriados, aqueles incômodos que muitas vezes nos deixam com coriza, tosse, espirros e até um pouco de febre.
Quando esse rinovírus entra nas nossas narinas ou boca, ele começa a se multiplicar. O nosso corpo percebe essa "invasão" e tenta se proteger, causando aqueles sintomas chatos de resfriado. Por exemplo, quando nosso nariz fica congestionado, é porque o corpo está produzindo mais muco para tentar "expulsar" o vírus.
Geralmente, os sintomas do resfriado causado pelo rinovírus não são tão graves quanto os da gripe, mas ainda assim podem nos fazer sentir desconfortáveis por alguns dias. É importante lembrar de lavar as mãos com frequência, cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir, e evitar o contato próximo com pessoas doentes para reduzir as chances de pegar o rinovírus.
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