Bolsa Famíla: economistas estimam que economia pode ter impulso com ajuda do programa

Além de manter o Bolsa Família com um valor mínimo de R$ 600, o programa social conta com adicionais que podem incrementar o valor do benefício em até R$ 200

Victor Meira   Publicado em 27/03/2023, às 15h51

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Uma reportagem do jornal “O Globo” aponta que o programa social Bolsa Família pode estimular o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Para o jornalão, o economista Daniel Duque, do Ibre/FGV, relata que se o Bolsa Família 2023 estivesse em vigor no ano passado haveria 3 milhões a menos na condição de pobreza extrema, ou seja, aqueles que têm renda mensal de até R$ 208 por pessoa no domicílio. 

O economista cita, no último dado disponível pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do terceiro trimestre de 2022, que país tem 12,47 milhões de pessoas nesta condição. 

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Um relatório do banco de investimentos XP destaca que o Bolsa Família tem uma forte influência para a parcela da população mais pobre. O documento ainda estima que o programa social pode ser responsável por 3,5% do crescimento brasileiro em 2023. 

Neste ano, as transferências de renda mais volumosas tendem a prover uma sustentação para o consumo e suavizar a desaceleração em curso do gasto das famílias. A variação do consumo das famílias poderia ser até negativa se não fosse o aumento da renda disponível”, afirma o economista Rodolfo Margato da XP. 

O valor adicional de R$ 150 para cada criança de até seis anos e outros R$ 50 para as famílias que contam com gestantes e jovens com idades de sete a 16 anos deverá aumentar ou o tíquete médio do benefício para R$ 714. 

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A economista-chefe do banco Bocom BBM, Cecília Machado, avalia, para O Globo, que a medida tem a expectativa de reduzir a pobreza, principalmente nas famílias em que há presença de crianças pequenas. 

Segundo Machado, a elevação dos valores do Bolsa Família pode ter um potencial de movimentar a economia, pois as famílias de baixa renda precisam utilizar o dinheiro para suprir necessidades básicas. Esse efeito pode ser mais importante em cidades menores, onde a economia é menos dinâmica. Entretanto, a eficácia desse impacto dependerá da condução das políticas fiscais e monetárias.

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