Guedes argumenta que o aumento do Bolsa Família acima de R$ 600 é uma medida populista
Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br Publicado em 15/09/2021, às 15h05
Após comentar ontem (14) que o aumento do valor médio do Bolsa Família era “prioridade zero”, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu que o acréscimo de benefício será necessário, embora o reajuste deve ser pensado de uma forma “modesta e moderada”. A declaração foi realizada hoje (15) durante um evento promovido pelo Movimento Pessoas à Frente.
Guedes destacou que o aumento do Bolsa Família deverá ficar na faixa dos R$ 300, e não acima de R$ 600 ou R$ 700, “como querem fazer”. Ele justifica que o reajuste muito grande poderia ser encarado como uma medida populista, mas que os ímpetos eleitorais já interferiram no orçamento do governo e terminaram mal. “Não queremos que isso se repita”, afirmou.
O ministro defendeu o limite do teto de gastos, porém ele comenta que “devemos à população brasileira” um programa social “um pouco mais robusto”.
Atualmente, o Bolsa Família tem valor médio na casa dos R$ 200. O governo federal estuda alternativas e manobras para encaixar um aumento robusto do programa social. Além disso, para celebrar esta evolução do benefício, ele teria o seu nome rebatizado para Auxílio Brasil.
Uma das alternativas especulada seria o parcelamento no pagamento de precatórios - com um valor orçado de R$ 89,1 bilhões. Os precatórios são dívidas do governo decorrentes de sentenças judiciais já julgadas. Inclusive, membros do governo já estão debatendo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a metodologia para o Executivo pagar as dívidas sem comprometer o teto de gastos.
Ainda durante o evento, Guedes pediu “compreensão” e “socorro” a integrantes do Legislativo e Judiciário para encontrar uma solução para os precatórios, o que destravaria o reajuste no Bolsa Família. Fux e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), também participaram do mesmo evento em que o ministro da Economia falou.
O ministro da Economia também tocou em outros assuntos e voltou a defender o “desinvestimento” estatal em setores nos quais a iniciativa privada tem melhor desempenho, a fusão de ministérios e a reforma administrativa ora em tramitação no Congresso.
*com informações da Agência Brasil
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