Apesar da retirada de 1,5 milhão de beneficiários do Bolsa Família, ministro comentou que terá a inclusão de 700 mil famílias que estão na fila
Victor Meira Publicado em 24/02/2023, às 14h18
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, confirmou, nesta sexta-feira (24), a exclusão de 1,55 milhão de beneficiários do Bolsa Família a partir do mês de março. A declaração foi concedida durante uma entrevista no canal fechado Globo News.
Segundo o ministro, a saída das pessoas tem uma justificativa. Elas estavam recebendo o benefício de forma irregular. Dias ainda comentou que 2,2 mil pessoas pediram para sair do programa social de forma voluntária por meio do aplicativo Bolsa Família.
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"Nós abrimos a possibilidade de as pessoas que não se encaixavam se apresentarem voluntariamente e saírem do programa. Isso aconteceu com essas famílias", afirmou.
"Nossa expectativa é que, ao final da triagem, cerca de 2,5 milhões de benefícios serão cancelados. Hoje, temos 21,9 milhões de famílias recebendo. Nosso objetivo não é excluir, é tirar quem não precisa e incluir quem necessita do benefício", disse Dias.
Em contrapartida, Dias relatou que outras 700 mil famílias, que se encaixam nas regras do programa e não estavam recebendo, serão incluídas no Bolsa Família.
O ministro citou que poderá ser criado um valor adicional para as famílias que são mais numerosas.
"Não faz nenhum sentido. Por isso, vamos ter também um valor extra per capita, para atender às famílias mais numerosas. Quem vai tomar a decisão final é o presidente Lula", explicou.
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Dias divulgou, anteriormente, a antecipação do pagamento do Bolsa Família de março para os beneficiários residentes no litoral norte de São Paulo, que sofreram com as fortes chuvas no último final de semana.
A medida unificará o pagamento no dia 20 para todas as famílias dos municípios atingidos e com decreto de emergência e calamidade. Para ajudar as vítimas, o ministro informou que uma aeronave do Exército levará doações de alimentos, colchões, lençóis, fraldas e água potável adquiridos em parceria entre o MDS e a Central Única das Favelas (CUFA).
A equipe do ministro está em contato com líderes municipais e sociais para coordenar a distribuição de cestas de alimentos e outros itens essenciais de assistência social.
Seis municípios afetados pelas chuvas - Bertioga, Caraguatatuba, Guarujá, Ilha Bela, São Sebastião e Ubatuba - tiveram estado de calamidade pública decretado pelo governo de São Paulo por 180 dias para ações emergenciais.
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