Apesar de Bolsonaro apontar que a privatização da Petrobras estar no radar do governo, ele confessa que este movimento não é imediato
Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br Publicado em 25/10/2021, às 12h15
Nesta segunda-feira (25), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, em entrevista à rádio Caçula, em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, que a privatização da Petrobras entrou no radar do governo federal. Contudo, ele reforça que a desestatização da estatal de petróleo não é um processo imediato.
“Isso entrou no nosso radar. Mas privatizar qualquer empresa não é como alguns pensam, que é pegar a empresa e botar na prateleira e amanhã quem der mais leva embora. É uma complicação enorme. Ainda mais quando se fala em combustíveis. Se você tirar o monopólio do Estado, que existe, e botar no monopólio de uma pessoa particular, fica a mesma coisa ou talvez pior”, afirmou o presidente.
Já é a segunda vez no mês de outubro que Bolsonaro relata sobre uma possível privatização da Petrobras. Anteriormente, o chefe do Executivo desabafou que tinha vontade de desestatizar a empresa após receber diversas críticas por causa do preço dos combustíveis. Por isso, ele iria levar essa questão para a equipe econômica de Paulo Guedes, ministro da Economia.
Após a debandada dos secretários do ministério da Economia, este movimento de privatizar a companhia é encarado como uma forma de acalmar o mercado financeiro e fortalecer o ministro Guedes.
O aumento de combustíveis provocado pela Petrobras tem sido alvo de discussões políticas. Uma vez que o aumento dos preços dos combustíveis é um dos responsáveis pela alta da inflação. Diante disso, a popularidade do presidente Jair Bolsonaro é prejudicada há um ano das eleições.
Apesar das críticas em relação à política de preços, Bolsonaro já relatou mais de uma vez que não irá interferir nos preços dos combustíveis.
“Eu não sou malvado, eu não quero aumento de combustíveis, mas é uma realidade. O mundo todo está sofrendo com a economia neste pós-pandemia”, afirmou o presidente. “Eu não quero aumentar o preço de nada, mas eu não posso interferir em nada”, encerra Bolsonaro.
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