Bolsonaro nega reajuste salarial, mas promete pagar benefício em dobro a servidor; Entenda

Após promessa de reajuste salarial para todos os servidores federais, o presidente Bolsonaro voltou atrás e confirmou nesta semana que não vai atualizar a remuneração do funcionalismo público. Veja qual alternativa foi proposta

MYLENA LIRA | REDACAO@JCCONCURSOS.COM.BR   Publicado em 19/06/2022, às 11h43

Divulgação/Agência Brasil

Após promessa de reajuste salarial para todos os servidores públicos federais, o presidente Bolsonaro voltou atrás e confirmou nesta semana que não vai atualizar a remuneração do funcionalismo público. Porém, agora, afirma que está "praticamente acertado" o pagamento em dobro do auxílio alimentação.

Em entrevista à jornalista Leda Nagle, transmitida no Youtube, ele disse: "chegou uma confusão toda que não foi possível a gente dar a reestruturação. Ficou complicado também o 5% de reajuste, a história é longa, e nós resolvemos ultimar um estudo para dobrar o valor do vale alimentação. É o que está praticamente acertado até o momento", ressaltou.

A equipe econômica de Bolsonaro já havia alertado sobre o impacto do reajuste salarial de 5% para todos os servidores, que implicaria em custo extra de R$ 5,8 bilhões com folha de pagamento em 2022 - valor muito superior aos R$ 1,7 bilhões que o governo federal tem reservado para essas questões.

O candidato à reeleição, inicialmente, havia prometido melhorar os salários de algumas carreiras apenas:

Porém, às vesperas das eleições 2022, Bolsonaro preferiu não se indispor com os demais servidores, que ameaçaram ampliar as greves já em andamento. “Eu tentei aqui reestruturar, por exemplo, a Polícia Rodoviária Federal, que faz um trabalho excepcional, a grande maioria dos servidores faz, mas tinha bronca de outros servidores de outros setores: 'ah, vou ameaçar parar'", frisou.

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Reajuste salarial adiado

O presidente informou que já pediu para incluir no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023 o reajuste e a reestruturação das carreiras. A concessão do vale alimentação em dobro, porém, não é certeza. "Nós estamos tentando, agora tem que vencer a legislação eleitoral, dobrar, no mínimo, o valor do auxílio alimentação", disse.

O trâmite para ampliar o pagamento do benefício deve ser concluído até o dia 3 de julho para que efetivamente consiga chegar ao bolso do servidor ainda em 2022 uma vez que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) só permite que o aumento seja feito até, no máximo, 180 dias do término do mandato.

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Atualmente, o executivo federal paga R$ 458 por mês de auxílio alimentaçao. Portanto, ao dobrar, o benefício passaria a ser de R$ 916, valor ainda abaixo do que recebem servidores da Câmara dos Deputados e do Senado (R$ 982) ou mesmo do Judiciário (R$ 910). Vale ressaltar que somente os funcionários ativos seriam contemplados com o pagamento em dobro do vale alimentação, ficando de fora os aposentados, por exemplo.

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