Os resultados de 2023 não alcançaram as previsões do Ministério do Trabalho e Emprego, que esperava a geração de mais de 2 milhões de empregos formais
Mylena Lira Publicado em 30/01/2024, às 20h03
O Brasil encerrou o ano de 2023 com um saldo positivo de 1.483.598 empregos formais, conforme aponta o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta terça-feira (30). Ao longo do ano, foram contabilizadas 23.257.812 admissões e 21.774.214 desligamentos.
Os setores que contribuíram significativamente foram os:
O salário médio de admissão foi de R$ 2.037,94.
Em todas as 27 unidades federativas, foram registrados saldos positivos, com destaque para São Paulo, que gerou 390.719 postos, um aumento de 3%. Rio de Janeiro e Minas Gerais também se destacaram, com 160.570 postos (+4,7%) e 140.836 postos (+3,2%), respectivamente.
Nas regiões, os maiores crescimentos ocorreram no Sudeste (726.327), Nordeste (298.188) e Sul (197.659). O Nordeste teve o maior crescimento percentual, alcançando 5,2%, com a geração de 106.375 postos ao longo do ano.
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Em relação ao perfil dos novos empregados, a maioria das vagas foi ocupada por homens, totalizando 840.740, enquanto as mulheres preencheram 642.892 novos postos. A faixa etária mais beneficiada foi a de 18 a 24 anos, que apresentou um saldo de 1.158.532 postos.
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Os resultados de 2023 não alcançaram as previsões do Ministério do Trabalho e Emprego, que esperava a geração de mais de 2 milhões de empregos formais no ano. Ele atribuiu o resultado à informalidade, especialmente no setor agrícola.
Além disso, fatores econômicos impactaram o mercado de trabalho formal, como os juros e o endividamento, que tiveram uma queda insuficiente para refletir positivamente o número de contratações com carteira assinada.
"Não vamos comemorar, mas foi um número razoável dentro do primeiro ano de governo", afirmou o ministro Marinho, acrescentando que a expectativa para 2024 é de um aumento na geração de empregos formais, impulsionado pela retomada de projetos de infraestrutura.
Dezembro apresentou um cenário desafiador, com um saldo negativo de 430.159 postos de trabalho com carteira de trabalho assinada. No último mês de 2023, foram realizadas 1.502.563 admissões e 1.932.722 demissões, segundo o Caged. O ministro Luiz Marinho explicou que esse declínio se deve ao ajuste sazonal, comum neste período.
"Dezembro não é o melhor mês do Caged, pelo contrário, é um mês em que as empresas fazem a rescisão de contratos, especialmente os contratos temporários. E tem também os estados, especialmente [os contratos nas áreas de] educação e saúde, que acabam rescindindo contratos", esclareceu.
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