Confiança de Serviços tem o menor nível desde maio e número de empregos deve cair, diz FGV

A Confiança de Serviços caiu em fevereiro devido à piora da percepção sobre o volume de serviços e a desaceleração econômica provocada pela Ômicron

Victor Meira - victor@jcconcursos.com.br   Publicado em 25/02/2022, às 10h10

Agência Brasil

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 2 pontos em fevereiro e registrou 89,2 pontos, o menor nível desde maio de 2021, quando atingiu 88,1 pontos. Esse é o quarto mês consecutivo de queda, gerando uma perda de 9,9 pontos no período. Em médias móveis trimestrais, o índice mantém a tendência de queda ao recuar 2,5 pontos.

Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira (25), pelo FGV-Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas). 

Segundo oeconomista do FGV-Ibre, Rodolpho Tobler, a confiança de serviços manteve a tendência de queda por causa da pior percepção sobre o volume de serviços em fevereiro e a desaceleração econômica provocada pelo avanço da variante Ômicron. Sem contar que o índice também foi influenciado pela redução de expectativas para os próximos meses.

“Para os próximos meses, as expectativas não são  muito favoráveis, dado que o cenário macroeconômico tende a se manter negativo no curto prazo, com inflação resiliente, juros em alta e confiança dos consumidores em patamar baixo“, avaliou Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.

Em fevereiro, o resultado negativo do ICS foi influenciado tanto pela piora na avaliação das empresas sobre a situação atual como pelas perspectivas para os próximos meses. A queda do ICS foi acompanhada em 8 dos 13 segmentos pesquisados. 

O Índice de Situação Atual (ISA-S) caiu 2,8 pontos, para 86,6 pontos, menor nível desde maio de 2021 (84,0 pontos). O Índice de Expectativas (IE-S) recuou 1,2 ponto, para 92,0 pontos, menor nível desde abril de 2021 (88,7 pontos). 

Confiança de Serviços: Vagas de empregos também deve cair

Nos últimos meses, além da queda na confiança, o saldo do emprego previsto tem sinalizado perda de força no ritmo de recuperação, registrando também quatro de quedas consecutivas em médias móveis trimestrais. 

O saldo corresponde ao percentual das empresas que planejam aumentar seu quadro de funcionários nos próximos meses descontado do percentual de empresários que planejam reduzir. Em fevereiro, o saldo atingiu 9,7 pontos, queda de 5,0 pontos nos últimos quatro meses.

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