Desenrola: quem recebe até dois salários mínimos terá desconto maior na renegociação de dívidas

O programa é destinado a todas as pessoas que estejam com o nome negativado. A renegociação de dívidas será destinada aos devedores com CPF negativado na Serasa, entre outros

Pedro Miranda   Publicado em 06/03/2023, às 16h58

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira (6) e validou o esboço do programa Desenrola. O projeto prevê um aporte de R$ 10 bilhões em um fundo garantidor que possibilitará juros mais baixos para a renegociação de dívidas de cerca de 37 milhões de brasileiros negativados.

O programa é destinado a todas as pessoas que estejam com o nome negativado, sem linha de corte. Uma das principais vantagens da iniciativa é que os endividados que recebem até dois salários mínimos terão descontos maiores.

Segundo Haddad, o sistema é complexo e os credores entrarão no programa conforme o tamanho do desconto dispostos a oferecer aos devedores. A medida será destinada aos devedores com CPF negativado na Serasa ou em empresas semelhantes. 

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Veja como funcionará o programa de renegociação de dívidas do governo federal

Governo federal prepara o programa Desenrola para mediar as negociações entre bancos, empresas e a população inadimplente. A iniciativa será criada a partir de uma medida provisória (MP), que autorizará o governo a intervir nesses processos. Conforme Haddad, o Desenrola só será lançado se houver previsão de que o sistema financeiro ficará pronto.

A ideia é que o programa ofereça juros mais baixos para renegociar as dívidas de cerca de 70 milhões de brasileiros que atualmente estão inadimplentes. “Vamos nos lembrar que não é um crédito público, é uma dívida privada. Então, nós temos que modelar o sistema para que, quanto maior seja o desconto, mais chances o credor tenha de receber o débito que vai ser honrado pelo devedor”, frisou Haddad.

Lançado em janeiro pelo governo federal como parte das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Desenrola pretende reduzir o número de inadimplentes e promover o retorno das famílias ao mercado. O valor médio da dívida do brasileiro é R$ 4.612,28, correspondendo a uma alta de 2,6% na comparação com dezembro do ano passado, segundo dados do Serasa.

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