ìndice atrelado à FGV (Fundação Getúlio Vargas) aponta que empregos na indústria provocou queda no índice de emprego no Brasil
Ricardo de Oliveira - jrloliveira@jcconcursos.com.br Publicado em 07/02/2022, às 10h04 - Atualizado às 10h15
Os empregos gerados pela indústria, geralmente, é um dos setores que mais contrata em todo o Brasil, acompanhado pelo setor de serviços. Com isso, quando há a desacelaração no consumo, ambos sofrem o maior impacto nas vagas disponíveis. É o que ocorre neste momento no país, devido aos riscos aumentados por conta do recente avanço da nova variante ômicron e aumento de casos de covid-19.
De acordo com o Iaemp (Indicador Antecedente de Emprego), índice utilizado pela FGV (Fundação Getulio Vargas), o índice de emprego teve queda acentuada de 5,3 pontos de dezembro de 2021 para janeiro de 2022, o que representou a terceira queda consecutiva nas contratações, atingindo 76,5 pontos, menor patamar desde agosto de 2020 (74,8 pontos).
De modo geral, a maioria dos componentes apresentaram recuo neste início de ano, mas o principal destaque negativo foi o setor de indústria, que contribuiu com -1,6 ponto para a queda de 5,3 pontos do Iaemp. Outros setores que também representam grande fatia na participação de empregos no Brasil é o setor de serviços, com -0,9 ponto e o setor de negócios, com -1 ponto percentual.
O pesquisador Rodolpho Tobler atribui a queda ao surto de casos da covid-19 em todo o Brasil: “A piora mais acentuada no início de 2022 decorre da combinação da desaceleração econômica iniciada no quarto trimestre com o surto de Ômicron e Influenza, o que afeta principalmente o setor de serviços, que é o maior empregador, tornando no curto prazo difícil vislumbrar uma alteração no curso do indicador”.
Economistas já apontam que a desaceleração dos principais índices econômicos no Brasil afetarão o PIB nacional. A estimativa de 1,4% do Banco Mundial, a mais otimista dentre todas realizadas, não condiz com os dados apresentados. O último Boletim Focus, balizador mais utilizado pelo mercado financeiro, projeta um PIB (Produto de Interno Bruto) de apenas 0,28% para o Brasil no ano de 2022.
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