Endividamento das famílias no Brasil tem ligeira elevação em janeiro. Veja detalhes

As pessoas estão gradativamente conseguindo quitar suas dívidas. Esse fenômeno sugere uma dinâmica complexa no perfil econômico dessas famílias

Pedro Miranda   Publicado em 01/02/2024, às 17h28

Divulgação/JC Concursos

Segundo dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta quinta-feira (1º), o percentual de famílias brasileiras com dívidas, em atraso ou não, atingiu 78,1% em janeiro deste ano. Embora tenha registrado um leve aumento em relação aos 77,6% de dezembro, o índice permanece acima dos 78% de janeiro de 2023, indicando um cenário desafiador para o início do ano.

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Por outro lado, a parcela de famílias inadimplentes, ou seja, aquelas com contas e dívidas em atraso, apresentou uma queda significativa em janeiro, atingindo 28,3%. Esse é o menor percentual desde março de 2022, representando uma melhoria em comparação aos 29,9% de janeiro de 2023 e aos 28,8% de dezembro passado.

Apesar da leve redução na porcentagem de famílias sem condições de pagar suas contas, que ficou em 12% em janeiro, abaixo dos 12,2% de dezembro, o índice continua acima dos 11,6% registrados em janeiro de 2023.

Esse fenômeno sugere uma dinâmica complexa no perfil econômico dessas famílias

Surpreendentemente, as famílias com renda de cinco a dez salários mínimos foram as únicas a apresentar uma redução no endividamento, enquanto, ao mesmo tempo, essa faixa de renda experimentou um aumento na inadimplência. Esse fenômeno sugere uma dinâmica complexa no perfil econômico dessas famílias.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destaca que, de forma geral, a pesquisa de janeiro revela um cenário positivo para o ano em curso. Ele ressalta que as pessoas estão gradativamente conseguindo quitar suas dívidas, permitindo a retomada do consumo e o planejamento de novos projetos.

Entre os principais responsáveis pelo endividamento dos consumidores estão o cartão de crédito, representando 86,8% das dívidas, seguido por carnês (16,2%), crédito pessoal (9,7%), e financiamentos de casa e carro (8,4%). Esse panorama indica a necessidade de uma gestão consciente das finanças pessoais diante dos desafios econômicos enfrentados pelas famílias brasileiras.

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