Agência ligada à Organização Mundial de Saúde divulgou lista de alimentos que foram classificados como cancerígenos para humanos; Saiba mais
Jean Albuquerque Publicado em 03/07/2023, às 14h49
Os brasileiros precisam ficar atentos à lista de alimentos que foram classificados como cancerígenos para humanos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS).
Entre eles, está um dos adoçantes artificiais mais conhecido do mundo, que está presente em uma grande parcela de refrigerantes diet e zero. Trata-se do aspartame que deve ser incorporado à lista.
A lista divulgada pela Iarc apresenta substâncias químicas, medicamentos e alimentos que podem ter uma possível relação com diversos tipos de câncer. Essas substâncias são categorizadas de acordo com a qualidade e quantidade das evidências científicas que as associam ao desenvolvimento da doença. A agência tem prevista uma decisão em relação ao aspartame para o dia 14 de julho.
A carne processada é aquela que passa por processos como salga, cura, fermentação, defumação e outros métodos para melhorar o sabor e conservação. O consumo excessivo de carne processada é considerado um fator de risco para o câncer, de acordo com a OMS e o INCA.
Estudos mostram que o consumo desse tipo de carne aumenta as chances de desenvolver câncer colorretal, câncer de cólon e câncer de reto. As substâncias presentes na fumaça de defumação, conservantes e sal são apontadas como causadoras desse risco.
Uma alternativa mais saudável é substituir a carne processada por queijos brancos, ovos, saladas e pastas feitas com grãos ou vegetais.
O consumo de álcool está associado a problemas de saúde, incluindo falência hepática, dependência e aumento do risco de câncer. Estudos indicam não haver uma quantidade segura de ingestão de álcool, e ele está na lista de substâncias carcinogênicas da OMS desde 2012.
O consumo de álcool aumenta o risco de vários tipos de câncer, como boca, faringe, laringe, esôfago, estômago, fígado, intestino e mama. A combinação de álcool com tabaco também aumenta esse risco. O alcoolismo pode danificar o DNA das células, causar estresse oxidativo e facilitar a entrada de substâncias cancerígenas nas células. Quanto maior a quantidade e o tempo de exposição ao álcool, maior é o risco de câncer.
O consumo do peixe salgado chinês tem sido classificado como carcinogênico pela OMS desde 2012, e sua relação com o câncer tem sido objeto de estudo há muitos anos. Especialmente, tem-se observado uma maior incidência de câncer de nasofaringe associado ao consumo desse alimento.
Acredita-se que o peixe possa reativar o vírus Epstein-Barr (EBV), um dos principais fatores relacionados ao desenvolvimento desse tipo de câncer. Na China, por exemplo, o câncer de nasofaringe é bastante comum a partir dos 2 anos, de acordo com o Instituto Vencer o Câncer.
Para o preparo desse alimento, um processo similar ao da carne do sol é utilizado, no qual o sal é utilizado para preservação e cura. Uma dieta rica em frutas, vegetais e folhas verdes frescas têm um efeito protetor, assim como alimentos que são fontes de folato.
A noz de areca é amplamente consumida por cerca de um décimo da população mundial, devido aos seus efeitos estimulantes comparáveis a seis xícaras de café. Ela é mascada principalmente por homens que trabalham durante a noite para se manterem acordados.
No entanto, o consumo dessa noz está ligado ao câncer de boca e é considerado um agente cancerígeno pela OMS. A adição de substâncias como cal hidratada e tabaco ao mascar a noz intensifica os riscos de câncer. Estudos mostraram que mesmo o consumo puro da noz de areca está associado a um aumento significativo no câncer da cavidade bucal.
+ Acompanhe as principais informações sobre Sociedade e Brasil no JC Concursos
Sociedade Brasil