Gabriel Granjeiro: "Comprometimento não aceita meio-termo"

Na coluna dessa semana, o colunista Gabriel Granjeiro exalta a disciplina do trabalho e mostra que apenas o comprometimento traz resultados de destaque

Publieditorial   Publicado em 01/03/2023, às 12h59

Divulgação Gran Cursos Online

Talvez você já tenha visto a imagem abaixo em algum lugar na internet. De um lado, há um pé ornado em toda sua glória, denotando sofisticação, graça e beleza. Do outro, o que está por baixo de toda a maquiagem: um pé nu, coberto de feridas, símbolo de toda a dor que a bailarina tem de enfrentar para alcançar a perfeição em sua arte.

 

 

 

 

Quem poderia imaginar um pé como esse enquanto assiste a uma apresentação de balé? E quantos de nós aceitariam pagar preço tão alto por algo muito desejado?

Eu diria que menos gente do que deveria. A dicotomia dor versus satisfação está presente em vários aspectos da vida, inclusive quando se trata de estudo e de concurso público, mas poucos de nós são abnegados o bastante para suportar a primeira até atingir a segunda. O problema é a falta de comprometimento.

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No Brasil, ainda valorizamos demais o sucesso em detrimento do processo que conduz a ele. Admiramos as conquistas de uma pessoa, mas costumamos ignorar o custo, o trabalho e o esforço por trás delas.

Até acho que isso andou melhorando nos últimos tempos, mas continuamos longe de pensar como se pensa, por exemplo, nos Estados Unidos, onde está enraizada a noção de que o sucesso tem um preço e de que a dedicação precisa ser um projeto de vida. Aqui é comum atribuir o êxito de alguém à sorte, às circunstâncias, à obra do acaso.

Vez ou outra recebo no meu perfil no Instagram comentários que ilustram isso claramente. Quer ver um exemplo?

Há alguns meses, postei a imagem a seguir para celebrar o marco de 500 mil alunos matriculados no Gran Cursos Online. Era uma montagem com a foto do mais famoso painel de LED do mundo, da bolsa de valores da Nasdaq, em Nova Iorque. Qual não foi minha surpresa ao aparecer uma pessoa dizendo: “Esse já nasceu rico”. Note a intenção de desmerecer o sucesso alheio.

Não nego que nasci e cresci com condições muito, muito melhores do que a média brasileira, porém é sabido que uma geração estúpida é plenamente capaz de destruir tudo que as anteriores fizeram em décadas ou até séculos.

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Em outras palavras, mesmo nascido em condições bem mais favoráveis, não fosse eu comprometido com meus projetos, muito provavelmente teria fracassado.

Privilégios são, é claro, inegáveis, mas eles não apagam nem diminuem o sucesso que resulta do comprometimento. Quem fez aquele comentário infeliz parece desconhecer uma regra básica entre os humildes: sempre há algo que não conseguimos enxergar na trajetória dos outros. A pessoa por trás do perfil que tentou me ofender não sabe – ou finge não saber – que mesmo a dançarina mais talentosa e com acesso às melhores escolas de dança machucará os pés nos treinos diários caso queira se destacar.

Deve imaginar que basta a bailarina vestir as sapatilhas para imediatamente dançar graciosamente, nenhum esforço prévio necessário. Não pensa, enfim, que os pés machucados ficam escondidos dentro das sapatilhas formosas, mas estão lá, muitas vezes torturando a dançarina no palco.

Da mesma forma, ignora – ou finge ignorar – que minha família quase perdeu tudo há alguns anos e que o Gran permaneceu estourado no cheque especial durante meses, em 2014. Despreza o fato de a companhia fundada por mim e meu sócio, Rodrigo, ter precisado pegar dinheiro emprestado a juros exorbitantes de uma empresa de factoring (leia-se: agiota menos violento) a fim de pagar as contas de curto prazo. Para esse indivíduo, sou só um menino rico. 

Veja, eu sei que a maioria das pessoas largaram muito atrás de mim e hoje lutam contra um sistema que torna tudo bem mais difícil para elas. Não ignoro o impacto de fatores econômicos, raciais e de gênero sobre o sucesso ou o insucesso de cada um. Sigo, porém, acreditando que mesmo quem partiu em grande desvantagem tem chances reais de melhorar de vida.

Será bem mais difícil, com certeza, mas não impossível. Duvidar disso faria da vida uma caminhada sem propósito. O efeito seria a criação de uma profecia autorrealizável, ou seja, o que seria muito difícil se tornaria impossível por uma imposição toda nossa.

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Na prática, para as pessoas menos afortunadas o comprometimento terá de ser ainda maior, até porque, sem querer dourar a pílula, a dor delas também deverá ser mais intensa. Os pés vão machucar mais do que a média, haverá bolhas e feridas mal cicatrizadas. Alguns dias mal vai dar para andar. A vantagem é que com o tempo a pele ficará calejada e menos suscetível à dor.

Sobre o tema, convido você a assistir, no canal Imparável no YouTube, as histórias que há quatro anos venho contando, de pessoas que, mesmo tendo largado em desvantagem na corrida da vida e enfrentado dificuldades de toda ordem, foram bem-sucedidas em seus projetos. Nem sempre se trata de dinheiro.

Em alguns casos, a dificuldade foi de ordem familiar; em outros, de natureza psicológica... A verdade é que nenhum sucesso pode ser desmerecido, pois cada realidade tem lá seus desafios. Toda história tem seu mérito. Toda história é a história de alguém, irreplicável, única, individual.

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Em tempo: saiba que, quando o sucesso chega, surge um novo desafio, o de mantê-lo. Todo profissional que se preze precisa se manter atualizado, competitivo, antenado no mundo e no mercado. Isso inclui o servidor público; afinal, a ideia é trabalhar duro em prol de uma sociedade melhor. E inclui também o empreendedor, como é o meu caso.

Veja só: estou escrevendo este artigo em um domingo de manhã, com o meu dedo polegar direito doendo. Precisei de acupuntura para sentir alguma melhora nos últimos dias. A provável causa da dor é o esforço repetitivo por conta de digitação e do uso excessivo do celular no trabalho. O dedo está até enfaixado, mas sigo aqui, redigindo o artigo de número 376 para você. São quase sete anos sem furar uma única semana.

Quer ver outro exemplo do meu comprometimento? Minha família veio passar o carnaval conosco aqui, em Brasília. Temos uma bela casa, Vivi e eu, e todos estavam aproveitando, mas precisei ficar uma parte do dia no escritório. Tive até uma reunião em plena terça de manhã para alinhar alguns pontos sobre o lançamento de uma nova vertical de negócios no Gran que ajudará muita gente a conquistar um emprego melhor aproveitando um mercado com mais de 1 milhão de vagas (clique AQUI para saber mais).

Era feriado, a empresa já conta com mais de mil colaboradores, e posso dizer que já alcancei algum grau de sucesso na vida. Ainda assim, me mantive comprometido em fazer o que precisava ser feito. Obviamente não se trata de nunca descansar, pois o descanso é fundamental para um trabalho bem-feito; o ponto é seguir comprometido sempre e sempre. Se algo for necessário e realmente importante, precisamos dar um jeito. Comprometimento é cem por cento, não aceita meio-termo. 

E você, está comprometido em mudar de vida? Se sim, o mais difícil você já tem, não importa o quão atrás você tenha largado. Conte com o apoio do Gran. Estamos aqui prontos para ajudá-lo a realizar cada um dos seus sonhos.

*texto de Gabriel Granjeiro, diretor-presidente do Gran Cursos Online

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