Em evento do Banco Central, Haddad destaca que o Brasil está preparado para iniciar um ciclo de queda nos juros e apresenta dados que sustentam a redução
Victor Meira Publicado em 19/05/2023, às 23h09
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou sua defesa pela diminuição da taxa básica de juros da economia brasileira, a taxa Selic, durante um evento internacional promovido pelo Banco Central (BC), em São Paulo, nesta sexta-feira (19). Haddad criticou a decisão do BC de manter a Selic em um patamar elevado e argumentou que o país está pronto para iniciar um ciclo de redução nos juros.
"Nós achamos que tem espaço para começar um ciclo [de queda nos juros], mas, enfim, tem uma equipe técnica ali [no Comitê de Política Monetária do BC] que está formada, e que nós procuramos respeitar", afirmou o ministro. Ele destacou a importância de tomar a medida certa para que a economia possa se reajustar sem excessos.
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Haddad ressaltou que o Ministério da Fazenda já apresentou ao BC dados que indicam que a economia brasileira suportaria a redução dos juros. Ele mencionou o comportamento do juro futuro, do câmbio e da inflação como indicadores que apontam a necessidade de uma diminuição nas taxas, enfatizando que a economia não está desaquecida como se pensava no início do ano, mas sim desacelerando devido às taxas elevadas.
O ministro enfatizou que a gestão da economia deve ter em mente o bem-estar da população e a promoção do desenvolvimento com justiça social.
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"Somos servidores públicos, nós temos que servir a nossa gente e promover desenvolvimento com justiça social e, obviamente, em se tratando de um evento do Banco Central, com baixas taxas de inflação", explicou Haddad.
Apesar de defender a discussão sobre a política de juros, Haddad ressaltou que isso não deve ser encarado como uma afronta ao Banco Central. Ele destacou a importância da harmonia entre o Ministério da Fazenda e o BC, afirmando que ambos devem trabalhar em conjunto para alcançar o mesmo objetivo.
Haddad comparou o Ministério da Fazenda e o BC a dois braços do mesmo organismo, ressaltando a igual importância de ambos e a necessidade de uma atuação conjunta em prol de uma regulação adequada.
Além disso, o ministro destacou que o Brasil possui condições favoráveis para se destacar no próximo ciclo de expansão da economia mundial. Ele argumentou que o país tem o potencial em recursos naturais, humanos e tecnologia nacional, e deve buscar taxas de crescimento superiores à média global.
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