Nova pesquisa divulgada nesta quinta-feira (11) pelo IBGE aponta que estado do Nordeste tem a maior desigualdade econômica do país; Saiba mais
Jean Albuquerque Publicado em 11/05/2023, às 20h45
Estado do Nordeste apresenta a maior desigualdade econômica do Brasil em 2022, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (11), a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
De acordo com a pesquisa, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita na unidade da federação foi de R$ 1.086 em 2022, representando um crescimento de 13,1% em relação ao ano anterior, quando era de R$ 960.
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O estado da Paraíba registrou um índice gini de 0,558, acima da média nacional (0,518) e do Nordeste (0,517). O índice gini mede a concentração de renda e a desigualdade econômica, sendo que valores mais próximos de zero indicam maior igualdade de renda.
Outro indicador utilizado na pesquisa revelou que 50% da população com os menores rendimentos na Paraíba recebia, em média, R$ 351 mensais per capita, enquanto o 1% da população com os maiores rendimentos tinha um valor médio de R$ 23.132.
A disparidade entre esses dois grupos é significativa, sendo que o grupo com maiores rendimentos é 65,9 vezes maior que o da metade da população com os menores rendimentos, ultrapassando em mais do que o dobro a média nacional, que é de 32,5 vezes.
Em relação aos programas sociais, cerca de 35,5% dos domicílios paraibanos recebiam benefícios como o Bolsa Família ou Auxílio Brasil, 4,8% recebiam o Benefício da Prestação Continuada (BPC-LOAS) e 3,3% eram beneficiados por outros programas sociais.
A Paraíba ocupou o 3º lugar no país em proporção de domicílios beneficiados pelo Bolsa Família ou Auxílio Brasil, ficando atrás apenas do Maranhão (40,7%) e do Piauí (40,3%), e acima das médias regional (33,8%) e nacional (16,9%).
A pesquisa também revelou que cerca de 58,8% da população residente na Paraíba em 2022 possuía algum tipo de rendimento, o que corresponde a aproximadamente 2,4 milhões de pessoas. Esse percentual é o 9º menor do país, ficando abaixo das médias do Brasil (62,6%) e do Nordeste (59%).
Do total da população, 35,1% possuía rendimento proveniente de trabalho, enquanto 29,9% tinha rendimento de outras fontes. Dentro da categoria "outras fontes de renda", a maior participação populacional (14,5%) foi registrada na categoria de outros rendimentos, programas de transferência de renda e rentabilidade de aplicações financeiras.
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