Renúncia Fiscal com isenção do IRPF pode custar R$ 3,2 bilhões em 2023 e R$ 6 bilhões em 2024; Lula anunciou alteração da tabela a partir de maio
Jean Albuquerque Publicado em 22/02/2023, às 16h50
O aumento da faixa de isenção do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física), confirmada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que passa a valer a partir de 1º de maio, irá gerar renúncia fiscal de R$ 3,2 bilhões em 2023 e R$ 6 bilhões em 2024.
Com isso, a faixa que era fixada em R$ 1.903,98, desde 2015, passou R$ 2.112. Aproximadamente 13,7 milhões de brasileiros deixarão de declarar o Imposto de Renda, isso significa cerca de 40% total de contribuintes, segundo informações do secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, durante entrevista à TV Globo.
A tabela de IR não era atualizada desde 2015, quando o país estava sob o comando da presidente Dilma Rousseff (PT). Não havia correção do Imposto de Renda desde então.
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O presidente Lula (PT), durante entrevista à jornalista da CNN Brasil, Daniela Lima, que foi ao ar no último dia 16 de fevereiro, afirmou que haverá mudança na tabela do Imposto de Renda e que novo grupo de brasileiros deixará de acertar as contas com a Receita Federal.
A isenção que era de R$ 1.908 passará para R$ 2.640 em 2024. Isso significa o dobro do valor do novo salário mínimo, que saíra de R$ 1.302 para R$ 1.320, e passará a valer a partir de 1º de maio.
“Já combinamos com movimentos sindicais, com Ministério do Trabalho, com o ministro Haddad, que vamos, em maio, reajustar para 1.320 reais o valor do salário mínimo, e estabelecer nova regra para o piso, levando em conta, além da reposição da inflação, o crescimento do PIB, porque é a forma mais justa de distribuir o crescimento da economia”, afirmou.
A expectativa de lula é primeiro isentar quem ganha até R$ 2.640 e, posteriormente, cumprir a promessa durante campanha presidencial de 2022, de beneficiar a faixa de até R$ 5 mil.
Ainda durante entrevista com a jornalista, o presidente também confirmou a definição da regra permanente de correção do salário mínimo, que considera para o reajuste, a inflação do ano anterior mais o crescimento econômico do país.
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