O programa tem como objetivo primordial gerar empregos, reduzir desigualdades sociais e regionais. Novo PAC abrange nove eixos principais de investimentos
Pedro Miranda Publicado em 11/08/2023, às 14h15
O tão aguardado lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ocorreu nesta sexta-feira (11) no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, contando com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros. Com uma previsão total de R$ 1,7 trilhão em investimentos provenientes de fontes públicas e privadas, o programa tem como objetivo primordial gerar empregos, reduzir desigualdades sociais e regionais, além de impulsionar o crescimento econômico.
O governo destaca que o novo PAC assume compromissos voltados para a transição ecológica, a neoindustrialização, o crescimento inclusivo e a sustentabilidade ambiental. Para viabilizar a iniciativa, os recursos somam-se a partir de diversas fontes. Enquanto R$ 371 bilhões serão provenientes do Orçamento Geral da União, R$ 612 bilhões serão aportados pelo setor privado.
Adicionalmente, as empresas estatais, incluindo a Petrobras, contribuirão com R$ 343 bilhões, e mais R$ 362 bilhões virão por meio de financiamentos. A expectativa é que cerca de R$ 1,4 trilhão seja investido até 2026, com o restante após essa data.
O Novo PAC abrange nove eixos principais de investimentos, cada um com foco em áreas estratégicas para o desenvolvimento do país. No eixo "Cidades Sustentáveis e Resilientes", que recebe o maior aporte de R$ 610 bilhões, estão contemplados projetos como a expansão do programa Minha Casa, Minha Vida e iniciativas de mobilidade urbana sustentável, urbanização de favelas, esgotamento sanitário, gestão de resíduos sólidos e medidas de prevenção de enchentes.
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No eixo "Transição e Segurança Energética", com um investimento de R$ 540 bilhões, estão planejadas a expansão da capacidade de energia elétrica e o aumento da produção de derivados e combustíveis de baixo carbono, priorizando fontes renováveis.
O "Transporte Eficiente e Sustentável" abrange investimentos de R$ 349 bilhões destinados a melhorias em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias, buscando otimizar a produção interna e aumentar a competitividade global do Brasil.
Além disso, novos eixos de atuação foram introduzidos, como o "Inclusão Digital e Conectividade", com um investimento total de R$ 28 bilhões para expandir o acesso à internet de alta velocidade em escolas públicas e unidades de saúde, bem como promover a expansão do 5G e a ampliação da cobertura 4G em áreas remotas.
Na área da saúde, o eixo "Saúde" receberá investimentos totais de R$ 31 bilhões, visando a construção de novas unidades de saúde, aquisição de ambulâncias e fortalecimento da oferta de vacinas e hemoderivados, além de melhorias na eficiência dos serviços por meio da telessaúde.
Já na educação, os recursos de R$ 45 bilhões serão direcionados à construção de creches, escolas em período integral e modernização de institutos e universidades federais. O eixo "Infraestrutura Social e Inclusiva" também se dedica a garantir à população o acesso a espaços de cultura, esporte e lazer, promovendo o convívio social e reduzindo a violência, com um investimento de R$ 2,4 bilhões.
No âmbito dos recursos hídricos, o eixo "Água para Todos" destina R$ 30 bilhões para a revitalização das bacias hidrográficas, com foco na preservação e disponibilidade de água de qualidade, mesmo nas regiões mais remotas do país.
Por fim, o eixo "Defesa" visa equipar o país com tecnologias avançadas e fortalecer a capacidade de defesa nacional, com um investimento total de R$ 53 bilhões.
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