A ministra do Planejamento, Simone Tebet, alertou que o orçamento federal não tem espaço disponível para oferecer isenção do Imposto de Renda
Victor Meira Publicado em 24/01/2023, às 15h59
Nesta terça-feira (24), o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, participou de entrevista do canal de TV fechada GloboNews. O ministro afirmou que o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil será “gradual” e ainda será condicionado aos resultados econômicos do país.
“Vamos cumprir esta promessa, se a economia der garantias para o cumprimento dela. Ninguém vai fazer uma promessa e cumprir irresponsavelmente”, afirmou Marinho.
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O ministro ainda reforça que a proposta ainda pode ser desenvolvida neste ano. Ele explica que a isenção do Imposto de Renda pode ser feita por meio de uma Medida Provisória (MP), com previsão para ser aplicada já no mês seguinte. Contudo, o texto ainda precisaria ser aprovado pelo Congresso Nacional para que possa se tornar uma medida fixa.
Além disso, Marinho comentou que o governo já está estudando formas para direcionar os recursos para bancar a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
O economista da Ryo Asset, Gabriel Leal de Barros, calcula que a isenção pode causar um rombo de até R$ 173 bilhões por ano dos cofres públicos.
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A isenção do Imposto de Renda é uma promessa eleitoral de Lula. O presidente já comentou em mais uma oportunidade o desejo de fazer uma reforma na tabela do IR em seu mandato.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que não há espaço para uma mudança na tabela do Imposto de Renda em 2023 sem afetar o Orçamento. Em entrevista ao jornal “Globo”, a ministra cita que há tempo para que esse tipo de promessa saia do papel.
“Se eu mexo na tabela de Imposto de Renda eu estou deixando de arrecadar. Eu tenho um orçamento para ser executado esse ano. Por isso que estou dizendo: eu posso fazer isso para o ano que vem, temos quatro anos para isso”, declarou.
Tebet disse que não é preciso aumentar outros impostos para isentar o IR, mas aponta que é preciso sinalizar a estratégia política para conseguir aprovar a isenção do Imposto de Renda.
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