Depois da contaminação de petiscos que provocaram a morte de 40 cachorros, a Anvisa emitiu alerta para macarrão vendido com propilenoglicol contaminado. Entenda
Mylena Lira Publicado em 25/09/2022, às 13h02
Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) identificou petiscos de cachorros, que provocaram a morte de 40 cães, e também massa de macarrão e salgados orientais com propilenoglicol contaminado, adquiridos da empresa Tecno Clean Industrial Ltda.
O propilenoglicol é um aditivo permitido tanto para alimentação animal quanto para alimentação humana. Porém, a matéria prima fornecida pela Tecno Clean estaria contaminada por etilenoglicol, conforme teste feitos pela Anvisa, que suspendeu a venda dos petiscos e também das massas.
O etilenoglicol não pode estar entre os ingredientes de nenhum tipo de alimento. Isso porque é um solvente orgânico altamente tóxico que causa insuficiência renal e hepática quando ingerido, podendo levar à morte.
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O propilenoglicol é uma substância química classificada como um álcool diol, sendo apresentada em forma de líquido incolor, sem cheiro, com corpo viscoso e sabor amargo. Além de estar presente na produção de alguns alimentos, serve para fabricar resina de poliéster, é usado em produtos antocongelantes para motores e na indústria dermatológica.
Segundo a Anvisa, o composto tem autorização para uso em 21 categorias de alimentos para consumo humano, com quatro funções:
Entre os alimentos que podem ter o propilenoglicol na sua produção estão: suplementos alimentares líquidos e sólidos; cobertura de empanamento para pescado; aperitivos à base de batatas, cereais, farinha ou amido; frutas in natura; mistura para o preparo de bolos, doces e massas de confeitaria; biscoitos com ou sem recheio; e balas de goma.
Contudo, segundo a Anvisa, há limite para o seu uso, especificado em legislação, e não é permitido na categoria de massas alimentícias. A seguir, veja quais marcas de petisco e macarrão usaram a substância contaminada com etilenoglicol.
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O macarrão contaminado é da marca Keishi, responsável pela produção e comércio de diversos itens alimentícios de estilo oriental, como massa de udon, yakissoba, lámen, além de salgados congelados, entre eles gyoza - que se assemelha a um pastelzinho.
Os produtos fabricados entre 25 de julho e 24 de agosto de 2022 pela BBBR Indústria e Comércio de Macarrão podem conter a substância tóxica. Empresas que tenham produtos da Keishi não devem comercializá-los. Da mesma forma, quem comprou algum dos itens também não pode consumir as massas. Em ambos os casos, deve-se entrar em contato com a Keishi para devolução dos alimentos.
No caso dos petiscos para cachorros, cinco empresas terão que recolher produtos, após detecção de uso dos lotes contaminados de propilenoglicol:
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