O Telegram atendeu parcialmente a um pedido da Polícia Federal (PF) em investigação para apurar a ligação de grupos neonazistas à escola
Victor Meira Publicado em 26/04/2023, às 15h28
A Justiça determinou a suspensão do aplicativo Telegram no Brasil por não fornecer dados sobre grupos neonazistas à Polícia Federal. A Diretoria de Inteligência da PF solicitou às operadoras de telefonia Vivo, Claro, Tim e Oi e às lojas de aplicativos Playstore e App Store, que retirem o aplicativo imediatamente do ar.
O Telegram entregou apenas parte dos dados requisitados pela PF na última sexta-feira (21), após intervenção do judiciário. A polícia desejava obter contatos e informações sobre integrantes e administradores de um grupo com conteúdo neonazista, mas o Telegram não forneceu os números de telefone solicitados.
A Justiça ampliou a multa aplicada ao Telegram por não entregar os dados, de R$ 100 mil para R$ 1 milhão por dia de recusa em fornecer as informações requisitadas.
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Uma reportagem do G1 aponta que a investigação sobre o ataque a uma escola em Aracruz, que deixou quatro mortos, descobriu a interação do assassino, de 16 anos, com grupos com conteúdos antissemitas pelo Telegram.
A polícia solicitou que a plataforma entregasse os dados de administradores e integrantes do grupo para apurar as conexões e verificar se houve influência no crime.
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“Observou a autoridade policial que o menor infrator era integrante de grupos de Telegram de compartilhamento de material de extremismo ideológico, cuja divulgação de tutoriais de assassinato, vídeos de mortes violentas, tutoriais de fabricação de artefatos explosivos, de promoção de ódio a minorias e ideais neonazistas”, diz trecho do pedido de quebra de sigilo telemático da PF.
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