Em 2021, o Amapá foi o estado com a menor cobertura vacinal contra a poliomielite. Após o projeto, Amapá e Paraíba alcançaram a meta de 95% de vacinação
Pedro Miranda Publicado em 12/04/2023, às 20h43
Projeto da Fiocruz, em parceria com o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), chamado 'Pela Reconquista das Altas Coberturas Vacinais (PRCV)', ajudou a Paraíba e o Amapá a serem as primeiras unidades federativas a atingir a meta de 95% de vacinação contra a poliomielite em 2022.
O projeto teve seus resultados publicados na revista científica Cadernos de Saúde Pública e servirá de base para ações semelhantes em outras partes do país. A responsável pelo projeto, Lurdinha Maia, destacou à Agência Brasil a importância de ir aos territórios, aproximar a atenção primária da coordenação de imunizações, envolver lideranças comunitárias e trabalhar para obter resultados que reverteram a queda nas coberturas vacinais iniciada em 2015.
Maia explicou que a falta de integração entre a coordenação de imunizações e a atenção primária prejudica a possibilidade de realizar uma busca ativa efetiva por quem não completou os esquemas vacinais. Com a participação dos estados e municípios, o projeto trabalhou essas questões e cada município elaborou seu plano de imunização com metas e estratégias para atingi-las.
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O projeto acompanhará a implementação desses planos ao longo do ano para manter o avanço das vacinações contra outras doenças imunopreveníveis. O artigo publicado na revista científica destaca que mobilizações pontuais não serão suficientes para recuperar a proteção da sociedade brasileira contra essas doenças e que medidas estruturais e interinstitucionais são necessárias para isso.
Em 2021, o Amapá foi o estado com a menor cobertura vacinal contra a poliomielite, com 44,2% de adesão, enquanto a Paraíba tinha 68,4%. Depois da campanha nacional de 2022, apenas os dois estados que contaram com o projeto alcançaram a meta de 95%.
A vacina inativada contra a poliomielite é essencial para manter as crianças protegidas contra a doença, que pode causar sequelas irreversíveis e até a morte. O calendário vacinal também prevê o reforço da proteção com a vacina oral contra a poliomielite.
***Agência Brasil
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