O governo federal é obrigado aumentar o salário mínimo de acordo com a inflação oficial do país
Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br Publicado em 10/11/2021, às 15h05
No final do mês de outubro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), principal índice de inflação do Brasil, alcançou a marca de 10,67% durante os dez meses de 2021. O Ministério da Economia divulgou ao longo do ano que o piso do Salário Mínimo de 2022 está fechado em R$ 1.100,00, que pode ser alterado conforme o nível de inflação do país.
Contudo, apesar do IPCA ser o principal índice de inflação, o governo calcula o reajuste salarial e dos benefícios previdenciários com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Esse indicador também revela uma alta de 8,45%. Assim, ao calcularmos o reajuste do salário mínimo, ele seria de R$ 1.192,95. Se a taxa de inflação subir mais ainda, a tendência é que o salário também fique mais alto.
Na última segunda-feira (09), o Banco Central (BC ou Bacen) divulgou a projeção do mercado financeiro para a inflação de 2021. O Boletim Focus indica que a inflação deste ano pode ficar em 9,33%. Com este número, o salário mínimo ficaria em R$ 1.203,63.
Mesmo que o aumento do salário mínimo possa ultrapassar os R$ 1.200, isso não significa que é um motivo para comemorar. O aumento baseado na inflação, que é definido pela Constituição Federal, tem o objetivo de manter o poder de compra das pessoas. Portanto, este “crescimento da renda” não provoca um aumento real da renda dos cidadãos que recebem de acordo com o salário mínimo.
Além disso, vale destacar que o governo federal não é obrigado a conceder um aumento acima da inflação. Alguns economistas até indicam que este movimento não seja feito, uma vez que ele pode aumentar ainda mais a inflação do país e criar um desequilíbrio fiscal das contas públicas.
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