Salário mínimo tem recuo histórico durante governo Bolsonaro. Saiba os impactos

O presidente Jair Bolsonaro (PL) deixa o governo no final de 2022 com salário mínimo tendo menor recuo histórico desde o Plano Real de 1944; saiba mais

Jean Albuquerque | redacao@jcconcursos.com.br   Publicado em 09/05/2022, às 15h18

Agência Brasil - Arquivo

O salário mínimo tem recuo histórico durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com os cálculos da Tullett Prebon Brasil, a perda até o fim de 2022, chegará a 1,7% caso a inflação não avance mais do que o esperado pelo Boletim Focus, do Banco Central.

A projeção da Tullett Prebon Brasil aponta que até o final do mandato do atual presidente, o salário mínimo terá valor menor do que quando ele assumiu, o que representa um valor abaixo desde quando foi lançado o Plano Real de 1944 — nenhum presidente até o momento havia deixado o poder de compra menor do piso salarial. 

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As previsões do mercado financeiro foram revisadas para cima por 16 semanas. Estima-se que entre dezembro de 2018 e dezembro de 2022, o salário mínimo diminua de R$ 1.213,84 para R$ 1.193,37, atualizado pela inflação. A Constituição do Brasil protege o salário mínimo da queda do poder de compra e exige que o governo reestruture a inflação.

Segundo relatório da corretora, em relação às contas fiscais da União, a perda estimada para o salário atinge na realidade “a todos os benefícios e pagamentos corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — toda a folha da previdência, abono, Loas (Benefício de Prestação Continuada para idosos e pessoas com deficiência de baixa renda)”.

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O principal impacto é a diminuição do poder de compra dos brasileiros, minando cada vez mais a chance do trabalhador ter os itens básicos da cesta básica. A manutenção do avanço da inflação no Brasil elevou o custo da cesta básica de alimentos em abril nas 17 capitais brasileiras, os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e foram divulgados nesta sexta-feira (6). 

A pesquisa sobre o preço da cesta básica nas capitais do país constatou um aumento no mês passado em Campo Grande (6,42%), Porto Alegre (6,34%), Florianópolis (5,71%), São Paulo (5,62%), Curitiba (5,37%), Brasília (5,24%) e Aracaju (5,04%). A menor variação foi observada em João Pessoa (1,03%).

Já a cidade de São Paulo continua com o valor da cesta básica mais cara do país, chegando a R$ 803,99, seguida por Florianópolis R$ 788, Porto Alegre R$ 780,86 e Rio de Janeiro com R$ 768,42.

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