O anúncio sobre o reajuste das bolsas científicas foi feito em um discurso realizado no Rio de Janeiro. Ministra disse que tentará reverter a redução de recursos do FNDCT
Pedro Miranda Publicado em 02/02/2023, às 21h23
Os bolsistas de pesquisas científicas já podem ver uma luz no fim do túnel. A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, garantiu nesta quinta-feira (2), que os valores serão reajustados ainda no primeiro semestre de 2023. Lula originalmente prometeu um reajuste durante a campanha presidencial.
O anúncio sobre o reajuste das bolsas científicas foi feito em um discurso realizado no Rio de Janeiro, durante a 13º Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE). Na ocasião, Santos destacou que não poderia como adiantar quais seriam os novos valores. “Ocorreram drásticos cortes no financiamento da pesquisa do país”, afirmou.
O poder de compra caiu 75% nos mais de nove anos desde a última atualização dos valores das bolsas, segundo a Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG). Há duas semanas, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o anúncio de Lula seria concretizado em janeiro. No entanto, isso não aconteceu.
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A ministra disse ainda que o governo encaminhará ao Congresso um projeto de lei para reverter a redução dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Luciana Santos também criticou a Medida Provisória 1.136 de 2022, assinada por Jair Bolsonaro no ano passado, que autorizou o contingenciamento dos recursos do FNDCT.
O MCTI também pretende reformular o edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para apoiar os laboratórios na compra de equipamentos. Segundo Luciana Santos, a pasta terá ações para promover o desenvolvimento nacional.
“A ciência tem que estar a serviço do combate à fome. Tem que estar a serviço do enfrentamento às mudanças climáticas. Tem que estar a serviço da produção dos insumos para as vacinas, para diminuir nossa dependência de outros países. A política de ciência e tecnologia deve buscar a autonomia brasileira e garantir a soberania nacional”, destacou a ministra.
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