Aneel decidiu manter bandeira verde para todos os consumidores de energia elétrica do país a partir do mês de maio; cobrança extra não será aplicada
Jean Albuquerque Publicado em 30/04/2023, às 11h15
Uma ótima surpresa para todos os brasileiros, a energia elétrica terá bandeira verde para o mês de maio. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) decidiu que os consumidores não cobrança extra em suas contas de luz.
Desde o término da bandeira de escassez hídrica, em meados de abril de 2022, as taxas extras foram retiradas da conta de luz devido às condições favoráveis de geração de energia, com os reservatórios das usinas hidrelétricas em níveis satisfatórios, atingindo em média 87% no início do período seco.
Caso a Aneel optasse por instituir as outras bandeiras tarifárias, os consumidores sofreriam um reajuste de até 64% em suas contas de luz, que foi aprovado em junho de 2022 pela agência.
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As bandeiras tarifárias foram criadas em 2015 pela Aneel para refletir os custos variáveis da geração de energia elétrica e indicam quanto está custando para o SIN (Sistema Interligado Nacional) gerar a energia usada em residências, estabelecimentos comerciais e indústrias.
Divididas em níveis, a bandeira verde não possui cobranças extras, enquanto as bandeiras vermelha e amarela possuem acréscimos que variam de R$ 2,989 (amarela) a R$ 9,795 (vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
É importante ressaltar que, atualmente, quase todo o país é coberto pelo SIN, com exceção de algumas partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima.
Ao ser aplicada a bandeira verde no cálculo da conta de luz, não há incidência de acréscimo. De setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, quando a bandeira de escassez hídrica foi aplicada, o consumidor teria que pagar R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.
O SIN é composto por quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, abrangendo praticamente todo o território brasileiro. Apenas algumas regiões do Norte do país e do estado do Mato Grosso não estão conectadas ao SIN, além de todo o estado de Roraima.
No momento, existem 212 localidades isoladas do sistema interligado, onde o consumo é baixo e representa menos de 1% da demanda total do país. Para atender à demanda energética dessas áreas, são principalmente utilizadas usinas termelétricas que operam com óleo diesel.
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