População ocupada registrou um aumento, atingindo 99,7 milhões de pessoas. Dados são da Pnad, divulgada nesta sexta-feira (29) pelo IBGE
Pedro Miranda Publicado em 29/09/2023, às 12h31
No último trimestre encerrado em agosto deste ano, a taxa de desocupação no Brasil atingiu o menor patamar desde fevereiro de 2015, chegando a 7,8%. Isso representa uma queda em relação ao trimestre anterior, que estava em 8,3%, e ao mesmo período do ano passado, quando a taxa alcançou 8,9%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Rio de Janeiro.
O número de pessoas desocupadas, aquelas que buscaram emprego e não conseguiram, também apresentou uma queda significativa, chegando a 8,4 milhões. Isso representa uma redução de 5,9% em relação ao trimestre anterior e uma queda de 13,2% em comparação com o período homólogo. O IBGE aponta que esse é o menor contingente de desempregados desde junho de 2015.
Em contrapartida, a população ocupada registrou um aumento, atingindo 99,7 milhões de pessoas. Isso representa um crescimento de 1,3% no trimestre e de 0,6% no ano. O nível de ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 57%, acima do trimestre anterior (56,4%) e estável em relação ao ano passado.
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Outro destaque positivo foi o rendimento real habitual, calculado em R$ 2.947, que permaneceu estável no trimestre e teve um crescimento de 4,6% no ano. A massa de rendimento real habitual também alcançou números recordes, totalizando R$ 288,9 bilhões, com um aumento de 2,4% em relação ao trimestre anterior e 5,5% na comparação anual.
No que diz respeito ao mercado formal, o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado atingiu 37,25 milhões, o maior total desde fevereiro de 2015. Isso representa um aumento de 1,1% em relação ao trimestre anterior e um avanço de 3,5% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Apesar do aumento no número de empregados sem carteira no setor privado (13,2 milhões) no trimestre, houve estabilidade em relação ao ano anterior. O mesmo ocorreu com os trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas), que cresceram em relação ao trimestre anterior, mas se mantiveram estáveis em comparação com agosto de 2022.
O número de trabalhadores por conta própria, no entanto, ficou estável em relação ao trimestre anterior e apresentou uma queda de 2,0% no ano. Já o grupo de empregadores permaneceu estável nas duas comparações.
Por fim, a taxa de informalidade atingiu 39,1% da população ocupada, representando 38,9 milhões de trabalhadores informais. Embora esse número tenha aumentado em relação ao trimestre anterior, continua abaixo dos 39,7% registrados no mesmo trimestre do ano passado.
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