A paralisação faz parte de uma ação conjunta com outras categorias de trabalhadores. Outras preocupações incluem a insalubridade e sobrecarga nos locais de trabalho
O sindicato que representa os trabalhadores do transporte em São Paulo anunciou uma greve programada para o dia 3 de outubro em quatro linhas do Metrô da cidade. A paralisação faz parte de uma ação conjunta com outras categorias de trabalhadores e pretende marcar posição contra a privatização de serviços no estado e reivindicar melhores condições de trabalho.
As linhas do Metrô de São Paulo que devem aderir à greve são a 1-Azul, a 2-Verde, a 3-Vermelha e a 15-Prata. Além dos trabalhadores do Metrô, ferroviários e funcionários da Sabesp também planejam aderir à paralisação.
A presidente do Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo, Camila Duarte Lisboa, destacou que o movimento é tanto reivindicatório quanto de protesto. Ela explicou que a adesão dos trabalhadores do Metrô não foi total devido à pressão dos empregadores em algumas linhas, o que gerou receio entre os trabalhadores de realizar protestos. No entanto, todos compartilham o desejo de melhorar salários e as condições de trabalho.
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Os sindicalistas estão preocupados com as privatizações propostas pelo governo do estado, pois temem que isso leve a aumentos nas tarifas de transporte e de água. Eles citam como exemplos negativos as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda do trem de São Paulo, que agora são operadas por empresas privadas e frequentemente enfrentam problemas que afetam os passageiros.
Outras preocupações incluem a insalubridade nos locais de trabalho e a sobrecarga de tarefas. Além disso, mencionam um processo de terceirização dos funcionários da bilheteria do Metrô, o que poderia resultar em salários mais baixos.
Os representantes dos trabalhadores acreditam que o governo busca aumentar seus lucros por meio de privatizações, e eles estão se mobilizando para se opor a essa tendência. Movimentos sociais já haviam organizado um plebiscito contra as privatizações no início do mês durante o Grito dos Excluídos.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) também se unirá à greve, com o compromisso de manter o abastecimento de água e atender a emergências. Os trabalhadores do saneamento alertam que a privatização desse serviço representa um risco para a saúde da população, uma vez que o saneamento adequado é fundamental para a saúde pública.
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