COMISSÁRIO DE BORDO

Cuidando dos passageiros...

Redação   Publicado em 29/01/2007, às 10h56

Comissários de Bordo (ou de Vôo) – Aeromoças, no caso das mulheres – são profissionais responsáveis por garantir um ambiente de tranqüilidade, conforto e segurança aos passageiros, seja servindo refeições, administrando conflitos e comportamentos inconvenientes, ou mesmo zelando pela vida de quem está a bordo, em caso de acidentes.

É bem verdade que a profissão tem o seu lado fascinante, possibilitando que se conheça muitas cidades e países, razão pela qual acaba atraindo a atenção de muitos jovens. Contudo, a rotina de trabalho exige grande responsabilidade desses “agentes de segurança”, que são treinados para saberem lidar com situações de emergência, o que faz com que a rotina de trabalho seja bastante cansativa. Apesar disso, o Comissário jamais deverá aparentar cansaço, tão pouco perder o bom humor, enquanto estiver desempenhando o seu trabalho, pois a imagem da qualidade do serviço prestado pela companhia está diretamente ligado à forma pelo qual trata as pessoas que estão a bordo da aeronave. Em regra, quando um passageiro recebe um bom tratamento, ele acaba voltando a voar pela mesma empresa.

CURSO

Em todo o País, há uma porção de escolas de aviação homologadas pelo DAC (Departamento de Aviação Civil), que oferecem, entre outros cursos, treinamento para a função de Comissário de Bordo. No entanto, para participar é necessário atender a determinados pré-requisitos, conforme explica Salmeron Pionto Júnior, diretor da CEAB, escola especializada na formação de profissionais na área da aviação civil comercial. “O curso de Comissário de Bordo é destinado a quem tem idade entre 18 e 29 anos, segundo grau completo e altura mínima de 1.58 para as mulheres e de 1.65 para os homens”, conta. De acordo com Salmeron, as aulas teóricas são ministradas a bordo de um simulador, devendo os alunos estarem devidamente uniformizados.

“A programação do curso inclui matérias como Emergência, Segurança e Sobrevivência (ESS), Regulamentos da Profissão do Aeronauta (RPA), Medicina Aeroespacial, Primeiros Socorros (PSS) e Conhecimentos Gerais de Aeronaves (CGA), entre outras disciplinas exigidas pelo DAC”, relata. Na parte prática do curso ministrado na CEAB são realizados treinamentos de Sobrevivência na Selva, Sobrevivência no Mar e Combate ao Fogo. “Como matérias suplementares incluímos: Etiqueta Social e na Aviação, Marketing Pessoal (Técnicas de Comunicação), Maquiagem, Uniforme, Serviço de bordo , Psicologia, Inglês e Espanhol”, completa o diretor.

PERFIL

As empresas aéreas, ao selecionarem os seus profissionais, costumam contratar Aeromoças com 1,58 ou 1,60 de altura mínima, peso compatível e que não apresentem tatuagens em partes visíveis do corpo. No caso dos homens, a altura mínima ideal para a função é de 1,68 ou 1,70 de altura.

Outro fator importante para ingressar no mercado é o conhecimento de línguas, especialmente o inglês. Ter boas noções de conversação nesse e em outros idiomas serão sempre bem-vindos para quem atua na área. Gostar de se relacionar com pessoas diferentes também é essencial. “Quem pretende vencer na profissão deve gostar de servir, saber relacionar-se, ter simpatia e ser cordial com as pessoas, além de gostar de viajar”, aponta Salmeron, que recomenda as área de Atendimento à Bordo, a carreira de Instrutor e também a de Chefia de Comissários, as quais considera bastante promissoras no setor.

Rogerio Jovaneli
Reportagem/SP