Está jorrando emprego nesse setor
Redação Publicado em 29/01/2007, às 12h27
Em Macaé, zona norte do Rio de Janeiro, encontra-se o primeiro curso de Engenharia de Petróleo criado no País, ministrado na Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). E não foi por acaso que a modalidade chegou primeiramente na referida região. Afinal, lá fica a bacia de Campos, responsável por 80% do petróleo produzido pela Petrobras. Além disso, a cidade abriga cerca de 50 empresas nacionais e estrangeiras, ligadas à exploração e à produção de petróleo.
Para preparar profissionais para atuarem no promissor setor petrolífero, foi instalado, na década de 1990, o Lenep (Laboratório de Engenharia e Exploração do Petróleo), ligado à instituição fluminense. Além do curso superior de Exploração e Produção de Petróleo, da UENF, há, em nível de graduação, cursos mais novos na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), na PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica) e na UVV - Universidade de Vila Velha, no Espírito Santo. Em pós-graduação, oferecem o curso: UENF, USP, Unicamp, PUC-RJ, UFF, entre outras.
“O nosso curso de graduação, cuja duração é de 10 semestres, com uma média de seis disciplinas por semestre, consiste em um ciclo básico e outro profissional. Basicamente, as disciplinas estão agrupadas em quatro áreas: Geologia e Geoquímica, Geofísica e Petrofísica, Geoinformática e Engenharia de Petróleo. Existem também as disciplinas optativas, excursões de campo, visitas às empresas e estágios”, afirma o professor Antonio Abel González Carrasquilla, chefe do Lenep (Laboratório de Engenharia e Exploração do Petróleo), ligado à Universidade Estadual do Norte Fluminense. Ele conta que o profissional formado na UENF é capacitado a atuar em dois dos mais importantes segmentos da indústria do Petróleo: a exploração (busca das jazidas) e a produção (extração do petróleo). “Tradicionalmente, essas duas áreas são tratadas de forma separada. Porém, o curso oferecido pela UENF é o único no País e um dos poucos no mundo a misturar a exploração com a produção. Nas demais instituições, ou abordam uma coisa ou a outra. Formamos um profissional híbrido, o qual tem sido muito bem recebido pelo mercado. Por volta de 95% dos formados na graduação e 75% dos formados na pós-graduação atuam tanto em empresas operadoras, principalmente na Petrobras, como em prestadoras de serviços nessa área, como a Schlumberger, a Halliburton, a Baker, a BJ Services etc.”, relata o professor.
Para se ter uma idéia da excelência do curso oferecido pela Universidade Estadual do Norte Fluminense, no último concurso da Petrobras, nada mais nada menos, que 40% dos aprovados na área de Engenharia de Petróleo foram formados pela instituição. “A escolha de um bom curso é fundamental para vencer na profissão. Quem pretende cursar essa carreira precisa gostar das disciplinas da área tecnológica, como Matemática, Física, Química, Geologia e Computação, entre outras”, aponta o Chefe do Laboratório de Engenharia e Exploração do Petróleo da UENF.
PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS
Um dos atrativos da profissão, é a remuneração. “Um Engenheiro recém-formado recebe em torno de R$ 3.500,00. Profissionais com mestrado ganham, em média, R$ 4.500,00 e, com Doutorado, cerca de R$ 6.500,00. Engenheiros com experiência de alguns anos no mercado têm remuneração de, aproximadamente, R$ 6.000,00, mais benefícios, que incluem plano de saúde, cursos de aperfeiçoamento no País e no exterior. Profissionais bem sucedidos podem receber até R$ 20.000,00. (R.J)