Projetar, implantar e melhorar os chamados sistemas integrados de produção nas empresas.
Redação Publicado em 12/09/2008, às 11h09
A Engenharia de Produção dedica-se ao estudo de processos industriais integrados de forma global, avaliando os aspectos técnicos, sociais e econômicos da produção.
Os profissionais desse segmento associam o conhecimento técnico, característico das diversas especialidades dentro da Engenharia, às áreas de Administração e Economia, de maneira a projetar, implantar e melhorar os chamados sistemas integrados de produção nas empresas.
Para o Profº Rubens Gehlen, coordenador do curso de Engenharia de Produção da Ulbra (Universidade Luterana do Brasil), a Engenharia de Produção é uma evolução da Engenharia Industrial. Segundo ele, a atividade iniciou juntamente com a revolução industrial.
“Com certeza a criação da primeira linha de montagem por Henry Ford contou com a participação intensa de Engenheiros Industriais, os atuais Engenheiros de Produção”, afirma Gehlen.
O formado nessa área está apto a planejar e programar compras, produção e distribuição dos insumos e produtos, estabelecer sistemas de controle de suprimentos, participar do planejamento estratégico produtivo, analisar investimentos, estabelecer logísticas de distribuição, bem como a atuar no desenvolvimento de produtos e processos, entre outras atribuições.
“Ao contrário do que se pensa, a graduação não se restringe às indústrias. O Engenheiro de Produção pode atuar no setor de serviços, em hospitais, bancos, telecomunicações, em instituições de fomento empresarial e no agronegócio”, ressalta o educador da Ulbra.
Curso
O Profº Gehlen considera a Engenharia de Produção uma graduação voltada para quem é dinâmico, tem raciocínio lógico e que se proponha a trabalhar com equipes.
O curso coordenado por ele na Ulbra tem a duração de dez semestres. “Essa modalidade visa atender a uma ampla gama de atividades. A Engenharia de Produção é um segmento de grande versatilidade. A maioria dos cursos proporciona formação nas áreas de ergonomia, custos, análise de investimentos, programação de produção, para citar somente algumas possibilidades. O aluno tem uma formação acadêmica bastante abrangente, o que é um fator positivo”, destaca.
Mercado
O mercado de trabalho para Engenheiros de Produção encontra-se aquecido, de acordo com o coordenado da Ulbra. Segundo o educador, “com o crescimento apresentado pelo mercado interno nos últimos anos, aumentou consideravelmente a procura por profissionais capacitados para atuar na área industrial, principalmente com otimização de processos e aumento de produtividade, áreas básicas da Engenharia de Produção”.
”Atualmente, observa-se uma demanda muito forte por profissionais com experiência nas áreas de gerenciamento de projetos, de produção industrial e nas áreas relacionadas a telecomunicações e internet, que a cada ano ganham mais importância dentro das empresas”, complementa o Profº Gehlen.
Início de carreira
Na avaliação do profissional da Ulbra, o início na profissão se dá já no momento em que o aluno está cursando a graduação. “O estudante deve realizar estágios, participar de programas de iniciação científica, congressos, eventos promovidos por entidades de classe, como a Abepro - Associação Brasileira de Engenharia de Produção (www.abepro.org.br)”, explica o educador, que acrescenta: “o conhecimento de uma língua adicional também é uma maneira de facilitar a entrada no mercado de trabalho”.
A exemplo de outras carreiras, a remuneração dos Engenheiros de Produção varia conforme a região do país e porte da empresa. “De maneira geral, o salário inicial está em torno de R$ 2 mil, crescendo à medida que o profissional ascende em sua carreira”, informa o Profº Gehlen.