A aquisição dos imunizantes será feita por meio de convênio com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), mas nem todo mundo vai receber a vacina da varíola dos macacos
MYLENA LIRA | REDACAO@JCCONCURSOS.COM.BR Publicado em 30/07/2022, às 06h58
O Ministério da Saúde informou que vai adquirir 50 mil doses da vacina da varíola dos macacos a partir de setembro. Segundo o secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Arnaldo Medeiros, cerca de 20 mil doses desembarcarão no país no próximo mês e o restante, em outubro.
Ontem (29), um homem de 41 anos, infectado pelo vírus monkeypox, responsável pelo novo surto dessa doença, morreu em Uberlândia (MG) após ter um choque séptico - caracterizado por uma infecção grave, que pode ser localizada em alguma parte do corpo ou afetar todo o organismo.
Porém, esse homem que veio a óbito fazia parte do grupo de risco. Ele tratava um câncer com quimioterapia, estava imunodeprimido e morreu por complicações provocadas pelos sintomas da varíola dos macacos. Em geral, a doença é considerada leve e a pessoa infectada se recupera dentro de alguns dias. Entre os sintomas que se manifestam no corpo estão:
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O Ministério orienta que quem tiver suspeita de estar infectado e apresentar sintomas deve procurar um médico, informar os contatos próximos e se isolar o mais rápido possível para evitar transmitir para outras pessoas. A principal forma de contaminação é via contato com a pele, mas também é transmitida via gotículas respiratórias e contato com roupas de cama e banho.
A aquisição dos imunizantes será feita por meio de convênio com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e apenas profissionais de saúde que manipulam as amostras recolhidas de pacientes e pessoas que tiveram contato direto com doentes serão vacinados. O esquema de vacinação será feito em duas doses, com intervalo de 30 dias entre elas.
Em entrevista coletiva durante a inauguração do Centro de Operação de Emergência (COE), que coordenará os trabalhos de monitoramento e combate à doença, o secretário de Vigilância Sanitária ressaltou que não haverá campanha de vacinação em massa porque não existe recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para isso.
“A OMS não preconiza uma vacinação em massa, então a gente não está falando de uma campanha de vacinação como falávamos para a covid-19. São vírus absolutamente distintos, é uma clínica absolutamente distinta, um contágio absolutamente diferente, uma letalidade diferente. São doenças absolutamente distintas”, justificou Arnaldo Medeiros.
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Em todo o Brasil, o número de casos confirmados de pessoas infectadas pela varíola dos macacos subiu para 1.066 ontem. As cidades com mais ocorrências são São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. No mundo, o país com o maior número de casos é o EUA, com 4,9 mil ocorrências. Até agora, foram registradas sete mortes em todo o planeta por conta do surto da doença.
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