A Organização Mundial da Saúde afirmou que a situação da varíola dos macacos no Brasil é grave e merece a adoção de medidas adequadas. País tem mais de 800 casos da doença
Glícia Lopes
Publicado em 26/07/2022, às 14h00 - Atualizado em 27/07/2022, às 08h55
Após declarar situação de emergência global, diante do novo surto de varíola dos macacos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que o caso de varíola dos macacos no Brasil é muito preocupante. O país já está na faixa dos 800 casos confirmados da infecção pelo vírus monkeypox.
O comunicado foi feito nesta terça-feira (26), por Rosamund Lewis, líder técnica da OMS para a varíola dos macacos. Foi considerada a rápida disseminação do vírus responsável pela doença, que se aproxima da marca de 100 novos casos por semana. O primeiro caso da doença foi confirmado em 9 de junho, há menos de dois meses.
Segundo a OMS, o Brasil está no ranking dos dez países com mais ocorrências de casos do novo surto de varíola dos macacos. Na última semana, o país ocupava a oitava posição na lista. Estima-se que o número de casos no país pode ser ainda maior, devido à falta de testagem na população.
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou o estado máximo de alerta no último sábado (23) para a varíola dos macacos, classificando a doença como emergência de saúde pública internacional. Diante disso, o órgão frisou a importância de os países adotarem as medidas necessárias para evitar o agravamento da situação.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a varíola dos macacos no Brasil está sob controle, ao afirmar que o governo “fez o dever de casa” frente ao novo surto. A OMS, no entanto, disse o contrário, apontando situação muito preocupante no país.
A varíola dos macacos é transmitida, principalmente, através de gotículas respiratórias e pode também ser disseminada por meio de abraço, beijo, relações sexuais, no toque de secreções das bolhas na pele, além de contato indireto por meio de roupas de cama e banho. Por isso, a principal forma de evitar o contágio é respeitando o distanciamento social e utilizando máscaras faciais e álcool em gel nas mãos.
+++ Veja quem vai poder tomar a vacina da varíola dos macacos
Os casos de varíola dos macacos costumam ser moderados, havendo maior risco entre as pessoas imunossuprimidas como portadores de HIV/Aids, pessoas transplantadas, com câncer, gestantes e lactantes, por exemplo.
O Brasil já passou a negociar a compra da vacina da varíola dos macacos, que deve ser destinada, inicialmente, aos profissionais de saúde que atuam com pessoas contaminadas ou que possuem risco de contato, além da população suspeita de ter contraído o vírus.
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