Cigarro eletrônico pode aumentar risco de desenvolver câncer de pulmão; veja

O consumo de cigarro eletrônico surge como mais um perigo para o desenvolvimento do câncer que mais mata no mundo: o de pulmão. Conheça os riscos

Glícia Lopes   Publicado em 12/08/2022, às 10h45

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Responsável pela morte de 1,7 milhão de pessoas no mundo em 2020, o câncer de pulmão figura no topo do ranking como o câncer que mais mata mundialmente. No Brasil, 30 mil pessoas morreram por causa da doença em 2020, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). Atualmente, o cigarro eletrônico surge como mais um perigo para o avanço da doença.

Além do tabagismo, que é responsável por cerca de 85% dos casos de câncer de pulmão no mundo, outros fatores de risco estão associados à doença, como: poluição do ar; contato com substâncias químicas como o amianto; histórico familiar e derivados da queima de petróleo. Apenas 15% dos pacientes de câncer de pulmão nunca fumaram.

Uma característica da doença é que ela se mantém silenciosa, até apresentar sintomas que já correspondem a um estágio avançado do câncer. Por isso, é importante adotar medidas de prevenção, já que o diagnóstico da doença pode surgir quando já é tarde. Tendo em vista os fatores de risco, deve-se procurar a detecção precoce da doença para aumentar as chances de sucesso no tratamento.

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Cigarro eletrônico: conheça os riscos do uso

Com variados aromas e sabores, o cigarro eletrônico surgiu no mercado e logo virou febre entre os jovens. Também conhecidos como vaporizadores ou vape (em inglês), este novo acessório da galera, esconde riscos tão grandes quanto o cigarro comum. O que já é evidente é que o produto causa uma dependência da nicotina ainda maior do que o cigarro conhecido há décadas pela população.

Outro problema de saúde relacionado ao uso do cigarro eletrônico é que ele aumenta as chances de desenvolvimento de problemas respiratórios e cardiovasculares, além da possibilidade de desenvolver câncer de pulmão, largamente associado ao tabagismo. À Agência Brasil, oncologista Aknar Calabrich explicou que no cigarro eletrônico “existe a queima de produtos que a longo prazo tem dado não só problemas respiratórios, de queimaduras no pulmão, doenças como pneumonia lipoídica, mas existe, sim, a suspeita do risco de desenvolvimento de câncer de pulmão”.

A queima de substâncias químicas presentes no cigarro eletrônico oferece um grande risco à saúde do indivíduo, pois, no produto, existem substâncias que não são conhecidas e, tampouco, reguladas pelas agências de saúde. Qualquer combustão inalada pelo pulmão oferece risco ao órgão, não sendo diferente com o cigarro eletrônico que aumenta a frequência desse uso com seu alto nível de causar dependência.

Nos Estados Unidos, por exemplo, que tem um grande número da população adepta aos cigarros eletrônicos, houve mais de 800 casos de pessoas, a maioria homens jovens com menos de 25 anos de idade, com uma síndrome respiratória misteriosa que levou 12 pacientes à morte. As queixas costumam ser dores no peito, dificuldade de respirar e febre alta.

No Brasil, desde 2009, todos os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF) são proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, incluindo o cigarro eletrônico. Também é proibida a venda, a importação e propaganda do produto, por isso, todo acesso ao produto é ilegal.

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Câncer de pulmão: saiba mais sobre prevenção e outros dados

As doenças pulmonares ocupacionais apresentam elevados índices de prevalência em todo o mundo, sobretudo na saúde do homem, que somadas ao tabagismo, constituem fatores de risco para o câncer de pulmão. Para saber mais sobre o câncer de pulmão, principal causa de morte por câncer no mundo, acesse o Blog Medcel e fique por dentro. Lá você também confere tudo sobre a área médica, como concursos, especialidades, títulos e notícias da categoria. Aproveite!

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