Atualmente, ser diagnosticado com HIV não é mais um caso terminal. O homem curado do HIV traz esperança de cura para quem convive com o vírus
Glícia Lopes Publicado em 28/07/2022, às 09h50
Por muito tempo o vírus da imunodeficiência humana, mais conhecido pela sigla em inglês HIV, foi declarado como uma sentença de morte. No início dos anos 1980, este vírus foi responsável por uma epidemia global de Aids, que matou aproximadamente 37 milhões de pessoas no mundo. Hoje, 40 anos depois, o vírus não é mais uma sentença de morte. Pelo contrário, há esperança de cura do HIV.
Aids é a sigla em inglês para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. A pessoa que contrai o HIV pode passar a desenvolver essa síndrome ou não. Isso se dá devido ao avanço da biomedicina que possibilitou a pessoas soropositivas conviver com o vírus, sem desenvolver a Aids.
Por sua vez, a Aids é caracterizada pelo enfraquecimento do sistema imunológico, impedindo o indivíduo de combater diversos tipos de doenças. Por isso, pessoas que desenvolvem a Aids adoecem e podem morrer por doenças que se aproveitam da fraqueza do sistema de defesa do organismo. Não é diretamente a Aids que mata.
A UNAIDS (Organização das Nações Unidas pela Aids) aponta que, em 2021, cerca de 38,4 milhões de pessoas no mundo conviviam com o HIV. Desse total, aproximadamente 650 mil pessoas morreram em decorrência da Aids. Aproximadamente 28,7 milhões de pessoas que convivem com o HIV no mundo realizam a terapia antirretroviral.
Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram já na década de 1980, no estouro da epidemia. Muitas pessoas morreram pelo estigma relacionado ao HIV. Os ARV atuam impedindo a multiplicação do HIV no corpo e ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. No Brasil, os antirretrovirais são distribuídos gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), na forma de 22 medicamentos diferentes, possibilitando às pessoas soropositivas mais tempo e qualidade de vida.
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Como dito, ser diagnosticado com HIV já foi sinônimo de desesperança. Hoje, felizmente, ótimas notícias giram em torno deste assunto. Uma delas é que um senhor de 66 anos teve considerada a cura do HIV, após um tratamento com células-tronco. Este feito aconteceu em Duarte, na Califórnia, EUA.
O senhor, apelidado de “Cidade da Esperança” foi o paciente mais velho a receber este tipo de tratamento, pois não é o primeiro. Outras três pessoas foram curadas com esse mesmo procedimento, dando um sinal de esperança para quem convive com HIV.
O “Cidade da Esperança” recebeu um transplante de medula óssea para tratar a leucemia do qual havia sido diagnosticado há 3 anos. Coincidentemente, o doador apresentava resistência ao vírus da imunodeficiência (HIV). Após o procedimento, o HIV se tornou indetectável no organismo do senhor e ele permanece sem apresentá-lo há um ano e meio, fazendo a comunidade médica declarar sua cura.
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*com informações da Agência Brasil
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