Neste dia 1º de dezembro é comemorado o Dia Mundial da Luta contra a Aids. A fim de conscientizar a população, conheça os sintomas iniciais de infecção por HIV
Glícia Lopes Publicado em 01/12/2022, às 10h04
Por muito tempo o vírus da imunodeficiência humana, mais conhecido pela sigla em inglês HIV, foi declarado como uma sentença de morte. No início dos anos 1980, este vírus foi responsável por uma epidemia global de Aids, que matou aproximadamente 37 milhões de pessoas no mundo.
Hoje, 1º de dezembro, Dia Mundial da Luta contra a Aids e 41 anos depois do surgimento da doença, o vírus não marca mais o fim da vida. Pelo contrário, há esperança de cura do HIV. Além dos medicamentos antiretrovirais que são sucesso no tratamento da doença, há indícios de uma vacina contra HIV surgir futuramente.
Aids é a sigla em inglês para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. A pessoa que contrai o HIV pode passar a desenvolver essa síndrome ou não. Isso se dá devido ao avanço da biomedicina que possibilitou a pessoas soropositivas conviver com o vírus, sem desenvolver a Aids.
Por sua vez, a Aids é caracterizada pelo enfraquecimento do sistema imunológico, impedindo o indivíduo de combater diversos tipos de doenças. Por isso, pessoas que desenvolvem a Aids adoecem e podem morrer por doenças que se aproveitam da fraqueza do sistema de defesa do organismo. Não é diretamente a Aids que mata.
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A UNAIDS (Organização das Nações Unidas pela Aids) aponta que, em 2021, cerca de 38,4 milhões de pessoas no mundo conviviam com o HIV. Desse total, aproximadamente 650 mil pessoas morreram em decorrência da Aids. Aproximadamente 28,7 milhões de pessoas que convivem com o HIV no mundo realizam a terapia antirretroviral.
Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram já na década de 1980, no estouro da epidemia. Muitas pessoas morreram pelo estigma relacionado ao HIV. Os ARV atuam impedindo a multiplicação do HIV no corpo e ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico.
No Brasil, os antirretrovirais são distribuídos gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), na forma de 22 medicamentos diferentes, possibilitando às pessoas soropositivas mais tempo e qualidade de vida.
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a transmissão de HIV ocorre, principalmente, por meio de secreções como sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno. Somente dessa forma a transmissão do vírus ocorre de forma suficiente para causar a infecção.
Para ser transmitido, a secreção ou líquido contaminado de uma pessoa tem que penetrar no organismo de outra. Isso pode ocorrer por meio de uma relação sexual desprotegida, no compartilhamento de seringas, em acidentes com agulhas e objetos cortantes infectados, na transfusão de sangue contaminado, na transmissão vertical da mãe infectada para o feto durante a gestação ou o trabalho de parto e durante a amamentação.
Ainda de acordo com a Fiocruz, os primeiros sintomas de infecção por HIV são:
No entanto, o alerta surge diante do seguinte dado: cerca de 70% dos portadores permanece de 20 a 30 anos na chamada forma assintomática da infecção ou indeterminada da doença. Por isso, é importante realizar testes de HIV sempre que tiver uma relação sexual desprotegida ou suspeita de contato com o vírus.
Vale lembrar que a contração de HIV não determina o fim da vida. Atualmente, muitas pessoas conseguem conviver com o vírus de forma saudável, desde que realizem o tratamento adequadamente. Inclusive, é possível manter o vírus no organismo de forma indetectável e intransmissível.
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