Varíola dos macacos: Brasil recebe material biológico para vacina

A iniciativa é uma das ações prioritárias apontadas por pesquisadores brasileiros. Brasil já tem mais de 5 mil casos de varíola dos macacos

Pedro Miranda   Publicado em 05/09/2022, às 22h45

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O Brasil recebeu o material biológico necessário para iniciar o desenvolvimento de uma vacina contra a varíola dos macacos nesta segunda-feira (5). O material, chamado tecnicamente de sementes de vírus vacinais, foi doado pelo Instituto Nacional de Saúde (National Institutes of Health - NIH), agência de pesquisa médica norte-americana, para o Centro de Tecnologia de Vacinas (CT Vacinas) na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Este é o primeiro passo para o desenvolvimento de uma vacina nacional contra a doença. Com esse insumo, é possível desenvolver insumos farmacêuticos ativos (APIs), que são matérias-primas para a produção de vacinas. O CT Vacinas receberá o lote e colabora com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos).

A iniciativa é uma das ações prioritárias apontadas por pesquisadores brasileiros que integram a Câmara POX Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O grupo, criado em maio deste ano, é formado por oito pesquisadores brasileiros especializados em varíola e outros poxvírus para assessorar o MCTI em temas de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

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Brasil registra mais de cinco mil casos de varíola dos macacos

A varíola dos macacos é uma doença causada por vírus e transmitida pelo contato próximo ou íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode se dar por meio de um abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo doente.

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde no final de quarta-feira (31), o Brasil tem 5.037 casos confirmados, e 5.391 casos suspeitos estão sob investigação. A maioria dos pacientes está no estado de São Paulo, que tem 3.001 casos confirmados até ontem. Depois, há Rio de Janeiro (675) e Minas Gerais (278) — estados onde o país registrou duas mortes.

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