A falta de sexo faz mal à saúde apenas em alguns casos. Saiba em média quanto tempo sem sexo leva o corpo à abstinência e quais áreas ficam em risco
É comprovado cientificamente que praticar sexo faz bem à saúde, graças à liberação de hormônios e substâncias que vem com o ato. Mas, e o contrário? Quanto tempo sem sexo leva o corpo à abstinência e seus possíveis malefícios? A medicina sugere, no entanto, que só há prejuízo pela falta de sexo se a pessoa deseja fazê-lo e não consegue, por diversos motivos.
Segundo a psiquiatra Carmita Abdo, em informações ao jornal O Globo, a medicina considera apenas quando há um sofrimento envolvendo o assunto. Se o paciente for completamente saudável, goste, tenha desejo e não pratique o ato, há algo com o que se preocupar. Este sofrimento pode ser vetor para o surgimento de doenças psíquicas, o que realmente importa para a medicina.
Quando a atividade é prazerosa, primordialmente, para ambas as partes, é desenvolvido o desejo em repetir o ato. Isso graças à liberação de um fluxo maior de dopamina, endorfina e ocitocina, hormônios ligados ao bem-estar que favorecem a saúde do corpo e da mente. O sexo, por exemplo, oxigena a pele e deixa o corpo em estado de alerta, além de diminuir o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e derrame.
Por outro lado, existem pessoas que não se interessam pelo sexo e está tudo bem. Nestes casos, quando não existe libido, ou até mesmo gosto pelo ato, não há a possibilidade de desenvolver sofrimento psíquico pela falta de sexo, o que não oferece risco à saúde já que parte de uma escolha própria.
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Antes de mais nada, não existem parâmetros ideais para a prática sexual, o que varia muito de pessoa para pessoa, considerando fatores como idade, estado de saúde e libido e estilo de vida. Mas, há um consenso de que, com o tempo, os intervalos entre um ato e outro costumam aumentar ao longo dos anos, até a frequência cair consideravelmente.
Segundo um estudo do Instituto Kinsey voltado para pesquisas em sexo, gênero e reprodução, nos Estados Unidos, jovens de 18 a 29 têm, em média, 112 relações sexuais ao ano, o que equivale a aproximadamente três encontros por semana. Já entre os adultos de 30 a 39 anos a média cai para 86 encontros, 1,6 por semana. Entre a faixa etária de 40 a 49 anos são 69 encontros sexuais por ano, 1,3 semanais.
Mas então, qual o tempo máximo que uma pessoa em pleno gozo da saúde ficaria sem sexo até começar a sentir os efeitos no corpo e mente? Como já mencionado, não existem parâmetros definidos. Porém, uma pessoa sexulmente ativa, com cerca de três encontros semanais, pode começar a sentir os efeitos da falta de sexo depois de cerca de 30 dias sem, não sendo uma regra.
Para as pessoas que experimentam um intervalo maior entre uma atividade sexual e outra, por volta de 20 dias sem relações, poderiam ficar tranquilamente de três a quatro meses sem experimentar nenhum prejuízo pela ausência de sexo. Vale reforçar que cada organismo é um caso e se, principalmente, a falta não incomoda, está tudo bem.
Já do contrário, a falta de sexo pode levar a sofrimento em pessoas que se importam com isso. É possível, inclusive, desenvolver quadros de ansiedade, depressão, o que pode evoluir para um déficit no sistema imunológico e, por consequência, do sistema nervoso central. Com isso, a pessoa se sente mais fraca, vulnerável e fica propensa ao surgimento de doenças físicas, como infecções bacterianas, viroses e até infecção generalizada. Nestes casos, é importante procurar imediatamente um psiquiatra e/ou psicólogo.
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*com informações do O Globo
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