A advogada, ex-juíza e militante dos direitos humanos Shirin Ebadi, Prêmio Nobel da Paz em 2003, está no Brasil e visitará OAB SP no dia 7 de junho para entrevista coletiva.
A advogada, ex-juíza e militante dos direitos humanos Shirin Ebadi, Prêmio Nobel da Paz em 2003, estará no Brasil e visitará OAB SP no dia 7 de junho, para um encontro reservado com o presidente da OAB SP, Luiz Flávio Borges D'Urso, e falará aos conselheiros seccionais.
Haverá também entrevista coletiva para a imprensa, das 16h às 16h45, na sede da OAB SP, Praça da Sé, 385, 1° andar (Sala Vip).
Shirin Ebadi, que vive no exílio na Inglaterra, veio ao Brasil para participar do seminário internacional do Fronteiras do Pensamento em Porto Alegre (13 de junho) e em São Paulo (14 de junho), e visitará a OAB SP em sua passagem pelo Estado.
Nascida no Irã em 1947, filha de muçulmanos, Ebadi tornou-se em 1969 a primeira mulher iraniana a exercer a magistratura e também a primeira a presidir um tribunal legislativo, em 1975.
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Para o presidente da OAB SP, Luiz Flávio Borges D’Urso, é uma honra a Seccional Paulista da OAB receber Shirin Ebadi: “A luta pelos direitos humanos nos une e nos aproxima, por que temos no autoritarismo e no obscurantismo nossos grandes inimigos”.
Sobre Ebadi
Após a vitória da Revolução Islâmica no país, em 1979, foi dispensada da magistratura e passou a exercer funções administrativas, pois o Islã proíbe que mulheres trabalhem como juízas. Após protestos das magistradas, elas foram nomeadas "especialistas em leis" pelo Ministério da Justiça.
Não tolerando a situação, Ebadi pediu aposentadoria antecipada. Como a Ordem dos Advogados do Irã era administrada pelo judiciário, seus pedidos para trabalhar como advogada foram recusados e ela não pôde atuar na justiça.
Somente em 1992 conseguiu obter licença para exercer a advocacia. No entanto, antes disso, ela publicou diversos livros e artigos. Como advogada, atuou na defesa de vários casos de repercussão nacional e internacional.
Ebadi, que também é professora universitária na Universidade de Teerã, recebeu em 2003 o Nobel da Paz por seus esforços em prol dos direitos humanos, especialmente de mulheres e crianças.
Carolina Pera
Com informações da OAB SP
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