Militares retidos incluem uma variedade de patentes, desde soldados até coronéis, e tiveram seus celulares confiscados por seus superiores hierárquicos. Veja detalhes da medida
O Exército Brasileiro manteve 480 militares aquartelados em Barueri, na Grande São Paulo, em meio ao mistério do desaparecimento de 21 metralhadoras. Na terça-feira (18), após uma semana retidos, 320 militares foram finalmente liberados, enquanto os outros 160 continuam confinados no quartel.
Nesse cenário, o termo 'aquartelamento' chamou atenção da população brasileira nos últimos dias. Mas o que significa? Termo bastante comum na vivência militar se refere à acomodação no quartel, e não prisão, como estava sendo interpretado.
Essa medida extraordinária, reservada para situações graves, foi adotada para garantir que os militares em questão possam ser interrogados no âmbito da investigação que visa localizar e recuperar as 13 metralhadoras calibre 50 e as oito metralhadoras calibre 7,62 que desapareceram em 10 de outubro do Arsenal de Guerra da cidade.
Os militares retidos incluem uma variedade de patentes, desde soldados até coronéis, e tiveram seus celulares confiscados por seus superiores hierárquicos. No entanto, o Exército insiste que esses militares não estão sob prisão, detidos ou sob investigação; eles estão sendo mantidos para fornecer depoimentos e colaborar com as investigações em curso.
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Os militares em confinamento permanecem no quartel, realizando suas atividades de rotina, enquanto familiares aguardam notícias em frente ao Arsenal de Guerra há uma semana. O contato com os militares é intermediado por um representante do Exército.
Até agora, 35 dos militares foram ouvidos em um Inquérito Policial Militar (IPM) interno da corporação sobre o furto das metralhadoras. A investigação é conduzida exclusivamente pelo Comando Militar do Sudeste (CMSE), com sede em São Paulo, e pelo Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), em Brasília. A principal suspeita é que militares possam estar envolvidos no sumiço das armas, e até o momento não há registro de invasão externa na base.
O caso permanece envolto em sigilo, mas fontes do g1 estão avaliando se o furto das metralhadoras pode estar relacionado a alguma falha na segurança do Arsenal de Guerra e se as armas teriam deixado a base em caminhões do Exército entre setembro e outubro.
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