Caso veio à tona em 10 de outubro, embora as armas tenham sido levadas do Exército durante o feriado de 7 de setembro. Diretor do Arsenal de Guerra em SP deve ser exonerado do cargo
Em uma operação conjunta, agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do Rio de Janeiro e a Inteligência do Exército conseguiram interceptar oito das 21 metralhadoras que foram furtadas do Arsenal de Guerra do Quartel em Barueri, São Paulo.
O caso veio à tona em 10 de outubro, embora as armas tenham sido levadas do Exército durante o feriado de 7 de setembro. Até o momento, ninguém foi preso em relação ao furto. A apreensão incluiu quatro metralhadoras ponto 50, capazes de derrubar aeronaves, e quatro MAGs calibre 7,62, usadas para combate.
No entanto, outras 13 armas ainda estão desaparecidas, sendo sete metralhadoras ponto 50 e seis MAGs. A investigação já identificou suspeitos de participação no furto.
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Um desenvolvimento preocupante ocorreu quando a Polícia Civil do Rio de Janeiro interceptou um vídeo mostrando quatro dessas armas sendo oferecidas a traficantes do Comando Vermelho (CV). Essas quatro armas foram subsequentemente apreendidas durante a operação conjunta.
A polícia descobriu que parte do arsenal furtado havia sido adquirida, após ser oferecida a traficantes em quatro favelas sob o domínio da facção: Nova Holanda, no Complexo da Maré; Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha; Rocinha e Cidade de Deus. Essas armas estavam aparentemente destinadas a alimentar a disputa entre facções que há quase um ano aterroriza a região de Jacarepaguá.
Em outra reviravolta, informações da inteligência da polícia sugeriram que havia uma movimentação de armas da Favela da Rocinha, em São Conrado, para a Gardênia Azul.
A decisão foi confirmada na quinta-feira, 19, pelo general de Brigada Maurício Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste. O Exército considerou o episódio inaceitável e anunciou que não medirá esforços para responsabilizar os autores do furto e recuperar todo o armamento no menor prazo possível. A investigação está em andamento, e os ilícitos e desvios de conduta serão tratados conforme a legislação.
O escândalo envolve tanto civis quanto militares, embora os nomes dos envolvidos permaneçam em sigilo por enquanto. No entanto, comprovada a participação, os militares temporários enfrentarão a expulsão, enquanto aqueles de carreira passarão por um procedimento interno para apurar suas responsabilidades.
Além disso, os militares encarregados da fiscalização e controle também poderão enfrentar implicações nas esferas administrativa e disciplinar, à medida que as investigações avançam.
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