Os dados sobre a atividade econômica surpreendeu as expectativas do mercado financeiro e podem influenciar no avanço da economia
Após um primeiro semestre repleto de desafios, os últimos seis meses do ano estão com uma expectativa boa para a economia. Desde julho, a inflação perdeu força e, inclusive, os preços estão baixando. Até mesmo a atividade econômica está em um bom ritmo.
Basta pegar os dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) que apresentou um aumento de 1,17% em julho. O mercado financeiro esperava um avanço de apenas 0,5%. Portanto, ficou bem acima da expectativa.
O indicador também é chamado de prévia do PIB, que é divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), por antecipar a direção da atividade econômica do Brasil.
“Em julho, o IBC-Br atingiu 145,55 pontos. Na comparação com julho de 2021, houve crescimento de 3,87% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais). No acumulado em 12 meses, o indicador também ficou positivo, em 2,09%”, informa o relatório do BC.
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Atualmente, o Brasil está próximo de mudar o ciclo econômico. Na teoria econômica, este conceito é a alternância do estado da economia de um país (ou do mundo) de prosperidade para crise, e vice-versa.
Geralmente, há correlação inversa entre inflação e taxa de juros. Em um cenário de inflação alta, o Banco Central avalia o crescimento da taxa de juros para frear o consumo dos cidadãos com o objetivo de diminuir a pressão inflacionária.
Em contrapartida, se os preços estão controlados e o Banco Central entende que há uma demanda reprimida por produtos e serviços, ele abaixa a taxa de juros para estimular o consumo.O ciclo se mantém neste equilíbrio entre oferta/demanda e juros/inflação.
O IBC-Br é utilizado para avaliar a evolução da atividade econômica brasileira. Com base nele, o BC debate as decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. Ela atualmente está em 13,75% ao ano. Inclusive, o Boletim Focus do BC, que reúne as projeções do mercado financeiro, indica que a taxa básica de juros encerrará neste patamar.
Contudo, com a deflação observada nos dois últimos meses, o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) está próximo da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual, ou seja, até 5%.
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