O Copom do BC decidiu reduzir a taxa Selic para 13,25% ao ano, sendo a primeira desde 2020. Saiba como essa decisão reflete o cenário doméstico e externo e entenda as projeções para a inflação
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) tomou uma decisão importante ao reduzir a taxa Selic para 13,25% ao ano, a primeira queda desde 2020. Essa redução foi aguardada pelo mercado financeiro, que estava dividido entre uma queda de 0,25% ou 0,5%.
A taxa Selic é um dos principais instrumentos de política monetária do BC e serve como referência para as demais taxas de juros praticadas na economia brasileira.
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Segundo o comunicado da Selic, o cenário que levou à redução da Selic inclui fatores externos e internos. Em relação ao ambiente externo, o comunicado do Copom ressalta que há incertezas e desinflação em alguns mercados, mas também núcleos de inflação ainda elevados e mercados de trabalho resilientes em diversos países. Os bancos centrais das principais economias continuam determinados a convergir as taxas de inflação para suas metas.
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No cenário doméstico, os indicadores de atividade econômica mostram uma desaceleração nos próximos trimestres. Apesar do arrefecimento dos índices de inflação ao consumidor, é prevista uma elevação da inflação acumulada em doze meses ao longo do segundo semestre. As expectativas de inflação para 2023, 2024 e 2025, apuradas pela pesquisa Focus, recuaram, mas ainda se situam acima das metas para a inflação.
Diante desses cenários e dos riscos tanto de alta quanto de baixa para a inflação, o Copom decidiu iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária, com a redução de 0,50 ponto percentual na taxa Selic. Essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para a meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau menor, o de 2025. Além disso, a redução da Selic também visa suavizar as flutuações da atividade econômica e fomentar o pleno emprego.
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O Copom avaliou também a alternativa de reduzir a taxa básica de juros para 13,50%, mas optou pelo ritmo de queda de 0,50 ponto percentual nesta reunião. A conjuntura atual, caracterizada por um processo desinflacionário que tende a ser mais lento e expectativas de inflação com reancoragem parcial, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária.
O comunicado do Copom reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.
"A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação com reancoragem parcial, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária", diz o Copom.
O Comitê também destaca que o processo de flexibilização da taxa Selic deve continuar nas próximas reuniões, considerando a evolução da dinâmica inflacionária, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.
"Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário", cita o comunicado.
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