O Ipea divulgou que a taxa de desemprego recuou para o menor patamar desde outubro de 2015, mas taxa ainda é uma das piores da América do Sul
Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br
Publicado em 25/06/2022, às 15h27
Na última sexta-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro (PL) comemorou os dados divulgados pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que indicam uma redução da taxa de desemprego para 9,4%, a menor desde outubro de 2015.
No Twitter, ele destaca que o “Brasil está se recuperando em meio a uma guerra e uma pandemia”. Além disso, Bolsonaro aproveita a oportunidade para provocar o seu principal adversário político, o PT, ao afirmar que o partido foi responsável pelos resultados negativos anteriores causados pelo “maior esquema da história do país”.
- Após anos consertando o estrago causado pelo maior esquema da história do país protagonizado pelo governo do PT, o desemprego ficou abaixo de dois dígitos pela 1ª vez. O que conseguiram destruir em tempos normais, o Brasil está recuperando em meio a uma guerra e uma pandemia!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) June 24, 2022
Apesar da comemoração do presidente, o Brasil tem uma das piores taxas de desemprego ao comparar com os seus vizinhos da América do Sul. Apenas a Colômbia tem uma taxa de desemprego, com 12,12%, maior que a brasileira, baseada nos dados do Ipea.
O órgão responsável em medir de forma oficial o desemprego no Brasil é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na última Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), publicada em maio, aponta que a taxa de desemprego está em 11,1%, ainda acima dos dois dígitos. Os resultados mostram que o indicador ainda está estável em comparação com os dados do trimestre móvel anterior. Embora a taxa apresente um movimento de queda.
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Deste modo, para o levantamento foi utilizado os dados do IBGE, apesar que ao substituir pelos do Ipea, a comparação sairia a mesma.
Vale destacar que os dados dos países sul-americanos foi usado o banco de dados da CEIC Data, uma plataforma que recolhe os dados macroeconômicos de diversos países. Contudo, em alguns casos, foi utilizado a taxa anunciada em março e em outros em abril de 2022.
As duas exceções foram usadas para a Argentina e a Venezuela. No caso argentino, foram utilizados os dados oficiais do 1º trimestre de 2022, que tem origem do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). Enquanto que no caso venezuelano, não foi incluído na lista porque não há dados atualizados de forma recente pelo governo. O último dado divulgado foi uma taxa de desemprego de 6,4% em dezembro de 2018.
Confira a taxa de desemprego na América do Sul da menor para a maior:
País | Mês de divulgação | Taxa de desemprego |
Bolívia | Dezembro de 2021 | 3,40% |
Equador | Março de 2022 | 4,78% |
Argentina | Abril de 2022 | 7% |
Uruguai | Fevereiro de 2022 | 7,30% |
Chile | Abril de 2022 | 7,75% |
Peru | Abril de 2022 | 8,26% |
Paraguai | Março de 2022 | 8,47% |
Brasil | Maio de 2022 | 11,1% |
Colômbia | Março de 2022 | 12,12% |
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