Entre as suspeitas do TSE estção as doações de seis pessoas falecidas e 190 desempregados. Ministério Público Eleitoral deve apurar possíveis casos de fraude
Após analisar as primeiras prestações de contas de campanha fornecidas pelos candidatos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificou R$ 605 milhões em transferências suspeitas. Foram detectadas mais de 9.072 transferências ou gastos potencialmente impróprios, informou a Justiça Eleitoral.
O TSE concluiu que a investigação dos casos exigiria ampla coleta de informações e coleta de provas físicas. Essa conclusão foi alcançada após o cruzamento de dados de vários órgãos reguladores, como o Tribunal de Contas da União (TCU), a Receita Federal, o Conselho de Controle de Atividades Econômicas (Coaf) e a Polícia Federal (PF).
No caso dos gastos, chama a atenção dos órgãos de controle quando, por exemplo, há fornecedores com número muito pequeno de funcionários, ou com um dos sócios como beneficiário de programas de transferência de renda como o Auxílio Brasil. Levantam suspeita também os casos de empresas criadas neste ano e tendo como sócio algum filiado a partido ou parente de candidato.
As suspeitas sobre receitas vêm de doadores que participam de programas sociais ou recebem rendas que não correspondem ao valor que doaram. Por exemplo, foram identificados seis doadores mortos e 190 desempregados.
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“Ainda despertou o interesse dos analistas 10.296 situações em que um mesmo candidato recebeu numerosas contribuições feitas por diferentes empregados de uma mesma empresa”, disse o TSE.
Os dados do primeiro turno de votação precisarão ser apresentados pelos candidatos no dia 2 de novembro. Depois disso, o Ministério Público Eleitoral (MPE vai apurar possíveis casos de fraude.
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