Estudo revela também que a principal violência política aplicada contra as vítimas é a ameaça e agressão física
Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br
Publicado em 13/07/2022, às 10h15
Desde o assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, durante a sua festa de aniversário, pelo policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, que é apoiador do presidente Jair Bolsonaro, o tema da violência política é um dos assuntos mais discutidos atualmente.
Um levantamento produzido pelo Observatório da Violência Política e Eleitoral da UniRio mostra que este tipo de violência subiu 335% em apenas três anos.
Em 2022, o estudo informa que foram registrados 214 casos de violência política. Este número é quase cinco vezes mais alto que os casos registrados em 2019, que foi de 47.
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Segundo a UniRio, os dados sobre a violência política são coletados junto ao Observatório da Violência Polícia e Eleitoral, que reúne informações a partir de mapeamento de ameaças, homicídios, atentados, homicídios de familiares, sequestros e sequestro de familiares.
Além disso, os dados também são pegos e acompanhamento de veículos de comunicação nacionais, incluindo noticiário de rádio e televisão, jornais e revistas impressos, blogs jornalísticos e alertas do Google com a utilização das palavras-chave.
O levantamento aponta que as ameaças são as principais formas de violência política aplicadas contra as vítimas. Entre abril e junho de 2022, 37 lideranças (36,6%) sofreram algum tipo de intimidação. Após isso, surgem as agressões, com 27 casos (26,7%), os homicídios com 19 casos (18,8%), nove atendados (8,9%), cinco homicídios de familiares (5%), dois sequestros (2%) e também dois sequestros de familiares (2%).
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Confira algumas informações adicionais publicadas pelo último boletim sobre violência política:
O Boletim do Observatório da Violência Política e Eleitoral é uma publicação realizada pelo Grupo de Investigação Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (GIEL/UNIRIO).
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