A entrada da Finlândia na Otan interrompeu a tradição de neutralidade do país na política internacional
Nesta terça-feira (04), foi confirmada a entrada da Finlândia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O pedido foi feito pelo país após a Rússia invadir a porção leste da Ucrânia.
Curiosamente, a justificativa da intervenção russa no vizinho foi justamente as negociações entre Kiev e os países membros da Otan para ingressar na organização militar.
A entrada da Finlândia na Otan é um dos principais movimentos da geopolítica desde o início da guerra na Ucrânia e pode acirrar ainda mais os ânimos na região.
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Vale mencionar que Finlândia e Rússia possuem uma fronteira de mais de 1.300 quilômetros com um país membro da aliança militar do Ocidente.
O ministro das Relações Exteriores da Finlândia, Pekka Haavisto, entregou oficialmente o documento de adesão do país à Otan em uma cerimônia em Bruxelas, na qual participaram o secretário-geral da ONU, Jens Stoltenberg, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e chanceleres de países membro do bloco.
A adesão encerra a história de décadas de neutralidade da Finlândia e garante proteção automática da aliança, incluindo a intervenção e defesa militar em caso de invasão do território finlandês.
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A Otan é uma aliança criada pelos Estados Unidos durante a Guerra Fria, formada por 30 países (agora 31 com a adesão da Finlândia), que protege os interesses econômicos e militares de seus membros. A adesão da Finlândia e da Suécia à Otan foi iniciada em julho do ano passado, em meio à forte oposição russa durante a invasão da Ucrânia.
Quem pode ser o próximo membro da Otan?
Além da Finlândia, a Suécia também fez um pedido para a Otan para entrar na organização militar após a invasão russa no território ucraniano. Mas o país nórdico recebeu o veto da Turquia.
Nas regras da Otan, um país só pode se tornar membro se for aprovado de forma unânime por todos os países-membros da entidade.
Os turcos reclamam da adoção de políticas públicas por parte da Suécia ao conceder asilo político a cidadãos curdos. O governo de Ancara cita que esses cidadãos são terroristas e não refugiados.
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